TEMAS GERAIS

Rússia anuncia pausa humanitária em Ghouta Oriental

Anteontem foi adotada a resolução 2401 do Conselho de Segurança da ONU.

Em 26/02/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O ministro de Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, anunciou hoje (26) uma pausa humanitária na região de Ghouta Oriental, nos arredores da capital da Síria, que começará amanhã (27) e se prolongará por cinco horas a cada dia.

"Anteontem foi adotada a resolução 2401 do Conselho de Segurança da ONU. Por ordem do presidente russo, Vladimir Putin, e com o objetivo de evitar vítimas entre a população civil de Ghouta Oriental, a partir do dia 27 de fevereiro, ou seja, amanhã, entre as 9h e as 14h (horário local) todo dia será feita uma pausa humanitária", afirmou Shoigu.

O ministro antecipou, além disso, que "para a saída de civis será aberto um corredor humanitário" na região, cujas coordenadas serão anunciadas "em breve".

Ele lembrou contudo que Goutha Oriental "não é o único foco de tensão para civis e refugiados" e fez referência ao acampamento de Al Rukban, junto à fronteira com a Jordânia, uma zona "que é controlada pelos Estados Unidos". Por isso, propôs também declarar uma pausa humanitária e abrir corredores nessa zona para que "os civis possam retornar às suas casas".

Comissão humanitária

Shoigu advogou pela urgente criação de uma comissão humanitária, sob os auspícios da ONU, para avaliar a situação humanitária em Raqqa, onde não há acesso e nem a organizações internacionais.
Segundo dados em poder da Rússia, a situação epidemiológica no local é "gravíssima", já que ainda há muitos corpos entre os escombros dos edifícios destruídos

A Rússia, que foi acusada junto ao regime de Bashar al Assad da morte de várias centenas de civis nos bombardeios das últimas duas semanas contra Goutha Oriental, apoiou com condições a trégua de 30 dias aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU.

O ministro de Relações Exteriores russo, Serguey Lavrov, reiterou hoje (26) que a resolução da ONU não pode incluir os terroristas e não deve ser um obstáculo para as ações militares de Damasco contra os jihadistas.