ESPORTE CAPIXABA

Rússia é banida da Paralimpíada do Rio de Janeiro por suspeita de doping.

Anúncio foi feito neste domingo (07) pelo presidente do Comitê Paralímpico Internacional.

Em 07/08/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O Comitê Paralímpico Internacional (IPC) anunciou neste domingo o banimento da Rússia da Paralimpíada do Rio de Janeiro. Em entrevista coletiva, o britânico Sir Philip Craven, presidente da entidade, afirmou que a decisão foi tomada após reunião com dirigentes russos na última quarta-feira, na sede da entidade em Bonn, Alemanha.

- Foi uma decisão unânime tendo em vista a incapacidade do Comitê Paraolímpico russo de garantir aplicação do código de doping e cumprir suas obrigações - afirmou Craven em entrevista coletiva no centro de mídia dos Jogos no Rio de Janeiro.

Por conta da decisão, o Comitê Paraolímpico Russo perde todos os direitos e privilégios de membro IPC, não podendo mais participar de reuniões ou competições organizadas pela entidade internacional. Com isso, foi proibida a participação de todos atletas russos que estão inscritos em 18 modalidades nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, que serão realizados entre os dias 7 e 18 de setembro.

- Esta decisão colocou um enorme fardo sobre nossos ombros, mas é uma decisão que tivemos que tomar em nome dos melhores interesses do Movimento Paraolímpico - acrescentou o dirigente britânico.

Medida do IPC
A medida do IPC teve como base o relatório enviado pela comissão independente da Agência Mundial Antidoping (Wada) e divulgado na última segunda-feira. De acordo com  a política de suspensão do Comitê Paraolímpico Internacional, os dirigentes russos podem recorrer da decisão até o dia 28 de agosto.

- Em última análise, como o órgão regulador global para o Movimento Paraolímpico, é nossa responsabilidade assegurar uma concorrência leal, para que os atletas possam acreditar que  estão todos competindo no mesmo nível. Isso é vital para a integridade e credibilidade do esporte paraolímpico, e a fim de conseguir isso, é fundamental que cada membro aja de acordo com as regras - disse Craven.

A maior vigilância das entidades esportivas internacionais em relação aos atletas russos surgiu após a corredora russa Yulia Stepanova e seu marido, Vitaly Stepanov, ex-oficial da Agência Antidoping Russa (Rusada), fornecerem documentos e concederem entrevista à rede alemã ARD, em 2014. De acordo com as denúncias, existiria um esquema para burlar o controle antidoping do atletismo do país. No dia 18 de julho de 2016, a comissão independente da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) divulgou um relatório confirmando a existência de um sofisticado esquema de manipulação nos Jogos de Inverno de Sochi 2014. O documento de 103 páginas confirma as denúncias do ex-diretor do laboratório nacional antidoping russo, Grigory Rodchenkov, de que a manipulação de amostras tinha total apoio das autoridades locais. Por conta dessas informações, a Corte Arbitral do Esporte (CAS) anunciou que a Rússia não poderá participar das provas de atletismo da Olimpíada do Rio. Com isso, 68 atletas do país, entre eles a bicampeã olímpica do salto com vara Yelena Isinbayevada, foram proibidos de integrar a delegação russa que está no Brasil para o Jogos.

Fonte: GE