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Samarco reúne funcionários no ES para discutir volta ao trabalho.

Empresa apresenta proposta de suspensão temporária de contratos.

Em 11/01/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A Samarco reuniu cerca de 1,2 mil funcionários da empresa, nesta segunda-feira (11), em Anchieta, na região Sul do Espírito Santo, para propor um acordo de volta ao trabalho. A empresa propõe suspender temporariamente os contratos dos empregados e garante os empregos até 25 de abril. Após a reunião, o sindicato vai marcar uma assembleia com os trabalhadores para decidirem se aceitam a proposta.

A empresa segue com as atividades paralisadas em Anchieta.

Segundo a Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, o prazo para a manutenção dos empregos foi estendido do dia 1º de março para 25 de abril.

Durante a reunião, a Samarco propôs aos trabalhadores a suspensão dos contratos por três meses. É o sistema chamado de lay-off. Cerca de 800 trabalhadores do Espírito Santo entrariam nesse sistema. 

De 25 de janeiro a 25 de abril, de acordo com a proposta, parte do salário desses trabalhadores será pago com o Fundo de Amparo ao Trabalhador, do governo federal. A outra parte paga pela própria empresa.

A Samarco explicou que, durante esse período, os empregados ficarão afastados de seus postos de trabalho e participarão de cursos de qualificação de mão-de-obra oferecidos pela empresa.

Segundo a empresa, ainda que a suspensão temporária de contratos de trabalho seja algo inédito nas operações da Samarco, a opção é largamente utilizada no país, destacadamente no setor automotivo.

Samarco mantém distribuição de água
A mineradora Samarco continua a distribuição de água mineral na cidade de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo. Apesar de garantir que a água do Rio Doce é própria para o consumo humano, a empresa continua seguindo a ordem judicial que determina a distribuição. Entretanto, moradores reclamam que a água não é suficiente para abastecer toda a população.

No dia 19 de novembro a empresa começou a distribuir água mineral, seguindo uma determinação da Justiça.

Apesar de manter a distribuição em 60 pontos, muitos moradores afirmam que a água não é suficiente para todos os moradores e que a quantidade de litros distribuídos está diminuindo.

"Vinham dois caminhões de água, agora passou para um caminhão e continua diminuindo", contou o marceneiro Raimundo Matos.

Fonte: G1-ES