ECONOMIA INTERNACIONAL

Secretário do Tesouro dos EUA defende comércio livre e justo

Steven Mnuchin, minimizou o impacto da guerra comercial com a China.

Em 23/07/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, minimizou o impacto da guerra comercial com a China sobre a economia dos Estados Unidos e reafirmou a intenção de seu governo de defender um comércio mundial “livre e justo”, sem tarifas, barreiras tarifárias ou subsídios. Em entrevista coletiva, após dois dias de reuniões de ministros da Fazenda e presidentes do Banco Central do G20, grupo das 19 maiores economias mundiais e a União Europeia, ele negou que o governo norte-americano esteja internacionalmente isolado.

“Tive 22 encontros bilaterais em dois dias”, afirmou Mnuchin. Ele negou que os Estados Unidos tenham se enclausurado após aplicarem tarifas a produtos chineses e ameaçarem fazer o mesmo em relação a veículos importados – algo que prejudicaria seus aliados da União Europeia e do Japão. O secretário reiterou que a maior economia do planeta sempre foi aberta, mas não tem recebido tratamento recíproco – o que explica seu déficit na balança comercial. Segundo ele, é isso que o presidente Donald Trump pretende corrigir.

A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, alertou que a guerra comercial terá um impacto negativo no Produto Interno Bruto (PIB) mundial, que em 2020 crescera menos que o previsto. O prejuízo pode ser equivalente a US$ 430 bilhões no pior cenário. Os Estados Unidos, segundo ela, também serão afetados.

“Gosto da Christine [Lagarde], e estamos monitorando esse assunto, mas até agora só registramos microimpactos em setores muito específicos”, disse Mnuchin. Ele assegurou que os Estados Unidos estão abertos a conversas com todos os países, para estimular o comércio mundial. Mas querem receber tratamento igual de seus parceiros. “Nos não obrigamos os chineses a fazerem joint-ventures [associação para criar uma empresa] quando investem nos Estados Unidos e não queremos que nossas empresas sejam obrigadas a fazer joint-ventures quando investem na China”, disse.

Foto: Aaron P. Benistein/AFP/JC