CENÁRIO EMPREENDEDOR

Ser um protagonista ou mero coadjuvante

É mais fácil aceitar as derrotas como um destino, dizendo que Deus quis assim.

Em 01/08/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Conheço pessoas que vivem a vida como se fossem eternos. Não têm propósito de vida definido, procrastinam em suas ações e passam a existência toda levadas pelo acaso e circunstâncias e, em determinadas vezes, faltam com o respeito para com os outros. Geralmente, têm a oportunidade que apareceu, porém, não se permitem aconselhamentos e ensinamentos, mesmo quando vêm na direção do crescimento pessoal ou profissional, criando a possibilidade de construir uma reputação positiva e tornar-se um protagonista, não apenas um coadjuvante. São pessoas que, na maioria das vezes, se contentam em beber água da cacimba, enquanto ao seu lado passa um grande rio de oportunidades. Elas sabem que construir uma reputação positiva tem um preço e requer sabedoria.

Certa vez, assisti a uma entrevista do ex-treinador, Renê Simões, que fez as seguintes declarações à jornalistas, sobre Neymar Júnior:

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“Eu trabalho no futebol a minha vida toda, desde garoto e estou decepcionado. Poucas vezes eu vi alguém tão mal educado desportivamente, como esse garoto Neymar. Trabalhei e trabalho com jovens e venho acompanhando e acredito que está na hora de alguém educar esse rapaz, ou nós vamos criar um monstro. Nós estamos criando um monstro no futebol brasileiro. Em nome dessa arte de jogar futebol, que eu sou totalmente partidário, tem de ter qualidade, tem de fazer, mas, estamos criando um monstro. Ele é um senhor todo poderoso dentro de campo e ninguém está fazendo absolutamente nada! Primeiro vamos fazer um dossiê pelo número de vezes que se joga simulando faltas. O primeiro dossiê é pegar as imagens da televisão e mostrar quantas vezes ele se joga no chão. Eu falei para o Leandro Pedro Vuaden, que é um excelente arbitro de futebol: você tem de fazer parte dessa educação. Você tem de aplicar os cartões quando ele se jogar simulando faltas. Depois, o que esse rapaz (Neymar) falou para o capitão da equipe dele e depois do que ele falou para o banco reservas dele, é de uma falta de educação como poucas vezes eu vi, e eu me lembro muito bem quando uma vez o Dorival Júnior puniu todos os garotos do Santos e todos foram contra, dizendo que ele estava punindo o Santos. Eu foi um dos poucos que abri a boca para dizer que o Dorival estava certo, pois, é assim que se educa um garoto, é assim que se cria um homem e é assim que se projeta um grande jogador de futebol. Por enquanto, Neymar é apenas um projeto disso tudo. Então, alguém tem de educar esse rapaz, para o bem dele e do futebol, sob pena de não chegar a lugar algum. Tudo isso se resolve com educação!”

Sábias palavras do mestre Renê. De fato, o comportamento demonstrado pelo mesmo Neymar na Copa da Rússia comprovam o que previa Simões.

Para Neymar, é mais fácil aceitar as derrotas como um destino, dizendo que Deus quis assim.

Napoleão Hill, em seu livro a “Lei do Triunfo”, fala que a humanidade vive acometida por medos básicos. O medo de assumir responsabilidades e fracassar, além do medo da crítica, são alguns deles. Dito e feito!

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Sobre o autor:

É professor universitário, com formação em Administração de Empresas e Pessoas; Marketing Estratégico de Negócios e Esportivo; Publicidade e Propaganda, além de MBA Executivo em Negócios Internacionais; ambos pela Universidade Norte do Paraná, Londrina/PR. É empresário, diretor da Mazolini Consultoria & Marketing do Correio Capixaba e CCNES, e palestrante/conferencista.

www.mazoliniconsultoria.com.br, professormazolini@gmail.com - diretoria@mazoliniconsultoria.com.br.

Imagem: Neymar Desenho - Divulgação/YouTube