CIDADE

Serra cria o primeiro ambulatório municipal para psoríase do estado

Todas as quartas-feiras o atendimento será exclusivo para os portadores da doença.

Em 30/10/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Everton Nunes - Secom/PMS

Cerca de 1,31% dos brasileiros tem psoríase, doença que não tem cura, porém tem tratamento. Em Serra, estima-se que sejam 10 mil pacientes e o município vai criar o primeiro ambulatório municipal da doença no Estado. As atividades têm início em 13 de novembro, na Unidade Regional de Saúde de Novo Horizonte.

O atendimento especializado aos pacientes já é feito no local. Porém, com o ambulatório, todas as quartas-feiras o atendimento será exclusivo para os portadores da doença.

Os médicos e demais servidores da área de saúde estão passando por capacitação, que aconteceu na semana passada e também na próxima quarta (30).

“O projeto, além do atendimento propriamente dito, possui equipe multidisciplinar para abordagem da doença, com reuniões de apoio aos pacientes, interação entre eles e discussão de casos clínicos, além da capacitação de profissionais de saúde para detecção da doença e referenciamento”, explicou a referência técnica em psoríase em Serra, a dermatologista Cristiane Banhos Ferreira, titular em mestrado em Doenças Infecciosas pela Ufes.

A previsão do ambulatório é atender 50 pessoas por mês, sendo 30 na forma grave da doença. O paciente com psoríase deve procurar a unidade básica de saúde de sua referência para avaliação da necessidade de encaminhamento ao ambulatório de Novo Horizonte.

Psoríase

É uma doença inflamatória crônica, que acomete não só a pele, mas também outros sistemas como articulação, por exemplo. Um portador de psoriase tem risco maior que a população geral de doenças cardiovasculares, intestinais, oculares, psiquiátricas e articulares. Não é contagiosa e tem tratamento, que dependerá do grau de comprometimento.

LEIA TAMBÉM

Crianças se transformam em superagentes de combate à dengue

A criançada entrou na luta contra a dengue. Vestidos como super-heróis, com capa, lupa, lanterna, máscara e maleta de SuperAgentes, os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Ismênio Vidigal, em Planalto Serrano, percorrem as ruas do bairro para conscientizar a população e fiscalizar as próprias residências e as dos vizinhos.

Crianças se transformam em SuperAgentes de combate à dengue

Foto: Everton Nunes/Secom-PMS

Segundo o secretário de Educação, Gelson Junquilho, é muito importante que os moradores entendam a importância de verificar nas residências e quintais se há criadouros do mosquito, como em garrafas, pneus, calhas e bandejas externas de geladeira. Isso porque 80% dos focos do Aedes aegypti estão nas residências. “Nossos estudantes estão se tornando grandes multiplicadores de conhecimento e toda a equipe pedagógica está dando um show de cidadania ao apoiar, incentivar e promover ações de combate à dengue”, disse.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesa), Serra é a cidade que mais possui armadilhas para o mosquito no Estado e faz o monitoramento de mais de 1.100 equipamentos semanalmente. A Sesa intensificou suas ações em várias frentes, desde campanhas educativas para conscientização da população até medidas diretas contra o mosquito. 

Para a professora Jucélia Maia Roriz, a formação de um cidadão começa dentro do lar. “Por isso, nada melhor do que mobilizar toda a família para garantir que o projeto tenha sucesso e aconteça a prevenção, o combate e o compartilhamento de informações sobre os perigos e sintomas da dengue”.

A professora explicou que a escola promoveu apresentação de vídeos informativos, palestras e debate sobre o tema. “Também disponibilizamos um número de WhatsApp para que as famílias pudessem enviar fotos ou vídeos de seus filhos fazendo as ações de combate à dengue em suas residências e ou até mesmo nas casas dos vizinhos e também na rua”.

A diretora da escola, Renata Alves, contou que apesar da brincadeira de super-herói ser desenvolvida apenas com as oito turmas dos 1º anos, a ação tem envolvido toda a escola. “O projeto alcançou a todos, cerca de 930 alunos. Além das ações práticas, na aula de Língua Portuguesa os alunos produzem texto e música sobre a temática, na disciplina de Ciências Naturais ensinamos sobre a metamorfose do mosquito e reciclagem de lixo, e em Ciências Sociais é ensinado cartografia, por exemplo. A equipe da limpeza da escola também entrou no clima dos SuperAgentes e faz uma vistoria semanal pela escola atrás dos focos do mosquito”.