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Servidores da Uerj fazem protesto e fecham rua no dia do retorno às aulas.

Alguns deles vendem carros e apartamentos para sobreviver, diz reitor.

Em 10/04/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Servidores da Uerj fizeram protesto e fecharam ruas no entorno da universidade no início da tarde desta segunda (10), dia da retomada das aulas. Eles pediam a saída do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e criticavam o atraso de salários.

Mais cedo o reitor da universidade afirmou que não há perspectiva para a solução dos problemas no curto prazo. O calendário para pagamento de professores, técnicos e bolsistas ainda não foi definido.

"Não há nenhuma promessa a curto prazo pra resolução disso. A única promessa que existe é que a Secretaria de Ciência e Tecnologia e Desenvolvimento Social vem trabalhando no sentido e os alunos cotistas possam receber suas bolsas relativas a fevereiro o mais rapidamente possível", disse Ruy Garcia Marques.

Os salários de fevereiro, março e o 13º dos docentes da Uerj também estão atrasados, mas essa não é uma realidade de agora. Com a incerteza de receber e tendo contas a pagar, muitos funcionários da universidade chegam a vender seus carros ou apartamentos para poder pagar as contas. Por conta da crise, professores e alunos que faltarem serão abonados.

"Desde janeiro nós não recebemos. Isso está afligindo todos nós. Já tem muitos técnicos administrativos e muitos docentes se dizendo sem condição de comparecer à universidade. Todo dia vemos relatos de docentes e de técnicos administrativos dizendo que vendeu o carro, que está vendendo o apartamento, que está pedindo dinheiro emprestado. É muito triste isso", lamentou o reitor.

O reitor da universidade voltou a afirmar que essa é a pior crise da história da Uerj. Segundo ele, há uma preocupação de que os professores entrem em greve após a assembleia que será realizada nesta tarde.

De acordo com Ruy, apesar de ainda não tem o calendário de pagamento de servidores, bolsistas e técnicos, a universidade está com alguns de seus serviços essenciais em dia e, por isso, foi tomada a decisão de recomeçarem as aulas nessa segunda-feira.