POLÍTICA CAPIXABA

Servidores do ES são exonerados após apresentarem diplomas falsos.

Pelo menos 15 pessoas já foram exoneradas e 8 estão sob investigação.

Em 21/05/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Pelo menos 15 servidores do estado do Espírito Santo já foram exonerados após apresentarem diplomas falsos, tanto de graduação, quanto de pós-graduação. A motivação, segundo a polícia afirmou nesta quinta-feira (21), era a aprovação no processo seletivo de contratação ou melhoria no plano de carreira.

A fraude foi identificada entre oito funcionários do Instituto de Atendimento Socioeducativo do estado (Iases) e em dez da Secretaria de Estado de Educação (Sedu). Como três destes tinham cargo efetivo, não puderam ser exonerados. Segundo a Sedu, existem outras oito investigações em andamento e devem ser concluídas em breve.

De acordo com o diretor técnico do Iases, Leandro Piquet, os servidores do Iases identificados na fraude já  perderam o cargo. “Nós recebemos a denúncia há cerca de um mês. Começou um trabalho de auditoria e verificação das documentações apresentada por todos os servidores. Depois, nós conseguimos ter um foco maior e identificar que oito agentes socioeducativos apresentaram um diploma de conclusão de curso que era falsificado”, disse.

Na Sedu, 18 processos foram abertos e já foi comprovado que 10 professores também apresentaram diplomas falsificados. “É bem provável que, com a ampliação disso, até para as outras regionais, a gente tenha um quadro maior do que 18 processos. São todos professores e já foi constatado que, em 10 casos, o diploma realmente é falso”, explicou o corregedor da secretaria, Tarcísio Bobbio.

Segundo o corregedor, nos casos comprovados na Sedu, sete são de professores de designação temporária (DTs) e três efetivos. “Os DTs já foram afastados e os efetivos vão responder processo administrativo-disciplinar”, disse.

Além de responder um processo administrativo pela corregedoria do governo do estado, todos os servidores suspeitos estão sendo investigados pela Polícia Civil. O superintendente de Polícia Especializada não descartou a possibilidade de haver um grupo especializado nesse tipo de falsificação.

“Esses crimes são crimes em que a pessoa é um expert. Ele faz isso com maestria, tem uma destreza. Então, podemos ter várias pessoas funcionando no mesmo sistema”, disse José Darcy Arruda.

Fonte: G1