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Seul alerta para possíveis sequestros ordenados por Pyongyang.

Fazemos o possível para garantir a segurança de nossos cidadãos", diz o ministério sul-coreano.

Em 02/05/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O governo da Coreia do Sul advertiu nesta segunda-feira (2) que existe o risco de sequestro de seus cidadãos por Pyongyang, em represália pela deserção de vários norte-coreanos.

Doze funcionários e o gerente de um restaurante norte-coreano na China desertaram para a Coreia do Sul no início de abril.

Seul afirma que o grupo chegou ao país por desejo próprio, mas Pyongyang alega que foram "sequestrados" pelo serviço secreto sul-coreano.

O ministério sul-coreano da Unificação, responsável pelos assuntos entre os dois países, pediu às embaixadas no exterior que permaneçam em alerta.

"Estamos em alerta ante várias hipóteses, incluindo sequestros ou atos terroristas por parte do Norte", disse o porta-voz Jeong Joon-Hee.

"Fazemos o possível para garantir a segurança de nossos cidadãos", completou.

A edição desta segunda-feira do jornal Hankook Ilbo afirma que Pyongyang planeja sequestrar sul-coreanos para utilizá-los como uma moeda de troca contra os 13 desertores norte-coreanos.

"Fixaram como meta 120 pessoas, soldados, oficiais, expatriados", destaca o jornal, que cita uma fonte oficial.

Quase 30.000 norte-coreanos fugiram da repressão e pobreza e entraram na Coreia do Sul.

Mas as deserções em grupo são poucos frequentes, em especial a de funcionários dos restaurantes norte-coreanos no exterior, que são selecionados de maneira cuidadosa entre famílias consideradas "leais" ao regime.

A prática já foi utilizada no passado por Pyongyang. Em 1978, o falecido líder norte-coreano Kim Jong-Il ordenou o sequestro de um famoso diretor de cinema sul-coreano e de sua esposa, uma atriz, para que produzissem filmes na Coreia do Norte.

O casal conseguiu escapar em 1986.

Em 2002, a Coreia do Norte admitiu o sequestro de 13 japoneses nos anos 1970 e 1980 para ajudar na formação de espiões.

Da AFP