TEMAS GERAIS

Síria denuncia massacre após cidade ser tomada por islamitas.

Uma fonte militar, citada por Sana, assinalou que a maioria das vítimas são mulheres e crianças.

Em 26/04/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Cairo - A Frente al Nusra, filial síria da Al Qaeda, e outros grupos rebeldes islamitas assassinaram pelo menos 30 civis na cidade de Jisr ash-Shugur, tomada sábado, segundo a agência oficial síria, Sana.

Uma fonte militar, citada por Sana, assinalou que a maioria das vítimas são mulheres e crianças, e qualificou o ocorrido de "horrível massacre".

A Frente al Nusra e outras facções islamitas tomaram ontem o controle de Jisr ash-Shugur, a última grande cidade nas mãos do regime sírio na província de Idlib, no norte do país, após enfrentamentos que deixaram cerca de cem mortos.

A Coalizão Nacional Síria (CNFROS), principal grupo opositor, afirmou que a conquista de Jisr ash-Shugur é "um passo importante no caminho da libertação total da Síria e impõe uma nova realidade política".

Desde ontem à noite, unidades do exército sírio realizam operações na zona contra as posições dos insurgentes e suas vias de abastecimento.

Segundo Sana, as forças armadas causaram várias baixas nas fileiras rebeldes e extremistas e danos materiais em seus equipamentos militares.

Os soldados leais ao presidente sírio, Bashar al Assad, também destruíram um comboio de jihadistas em Idlib quando cruzava a fronteira com a Turquia.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos OSDH informou ontem que foram encontrados corpos de 60 soldados e milicianos em Jisr ash-Shugur.

Além disso, a ONG acusou os serviços da inteligência militar síria de matar 38 pessoas que tinham detidas nessa mesma cidade.

Os jihadistas de Al Nusra e seus aliados tomaram a cidade de Idlib em 28 de março, a segunda capital provincial que não está controlada pelas forças de Al-Assad, após Al Raqqah, ocupada pelo grupo radical Estado Islâmico (EI).

Facções como o Movimento Islâmico dos Livres de Sham e o grupo Jund al Haq (Soldados do Direito) apoiaram a filial síria da Al Qaeda a tomar o controle de Idlib, após terem expulsado, em novembro, o Exército Livre Sírio (ELS).

Da EFE