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Sobe para 99 o número de mortos na tragédia de Brumadinho
Segundo a Polícia Civil, dos 99 mortos, 57 foram identificados, incluindo uma criança.
Em 30/01/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A Defesa Civil de Minas Gerais atualizou, no final da tarde hoje (30), em 99 o número de vítimas do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho (MG), nos arredores de Belo Horizonte, identificadas pelo Instituto Médico Legal (IML). O último balanço da corporação registra 259 desaparecidos.
De acordo com a Polícia Civil, dos 99 mortos, 57 foram identificados. A orientação é que as famílias não compareçam ao IML e, sim, comuniquem-se via internet e redes sociais.
As chuvas interromperam, momentaneamente, as buscas na tarde de hoje (30). Foto: Raphael Singer
Segundo a Defesa Civil, cinco dias após o desastre causado pelo rompimento da barragem, ainda há regiões de Brumadinho que sofrem com a falta de energia.
O tenente-coronel Flávio Godinho, coordenador da Defesa Civil, disse que os trabalhos na região da mina do Córrego do Feijão começaram por volta das 4h da manhã.
A barragem B6, com água, segue monitorada 24 horas por dia, segundo o órgão, sem risco de rompimento. Um plano de contingência, entretanto, foi elaborado de forma preventiva.
No dia de hoje (30), 35 famílias foram atendidas pelo Instituto Médico Legal. Todos esses atendimentos haviam sido agendasos, via e-mail, que segue a forma de agendamento das famílias para os próximos dias.
Os trabalhos de hoje (30) foram mais concentrados na área de refeitórios, lembrando que existem 18 pontos de buscas. Ou seja, em todas áreas atingidas, existe efetivo fazendo o trabalho de resgates.
Para amanhã, o efetivo de buscas será ampliado com as chegadas das equipes vidas do Espírito Santo e de Santa Catarina.
As equipes de buscas e resgates serão ampliadas com as chegadas das delegações do Espírito Santo e de Santa Catarina. Foto: Alex de Jesus/O Tempo/Estadão Conteúdo
Números da tragédia
- 99 mortos confirmados
- 57 identificados
- 259 desaparecidos
- 192 resgatados
- 393 localizados
De acordo com o delegado da Polícia Civil Arlen Bahia, os corpos resgatados da lama estão chegando ao Instituto Médico Legal (IML) em estado avançado de decomposição. "Então, a partir daí, principalmente em relação aos segmentos corpóreos, nós temos de montar um quebra-cabeça", afirmou. Diante da impossibilidade de reconhecimento facial por por impressões digitais, exames odontológicos e de DNA começam a ser feitos para identificação das vítimas.
Segundo o delegado, uma força-tarefa foi montada para agilizar a realização e divulgação desses exames. Ele afirmou ainda que, nesta quarta, o IML está fazendo 35 agendamentos para colher material para exames de arcada dentária e de DNA.
O porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara, comentou as dificuldades do trabalho de buscas. "Em primeiro lugar, é bem impactante. Pela força da lama, muitas vezes não é possível encontrar o corpo íntegro. Muitas vezes são localizados segmentos de corpos", afirmou. Segundo ele, o fato de o ambiente estar "tomado de lama" torna difícil diferenciar corpos humanos de outras matérias orgânicas ou animais.
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