SAÚDE
Substância extraída da folha da oliveira pode trazer benefícios
Oleuropei?na ajuda na recuperação óssea, que atinge principalmente as mulheres.
Em 31/01/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A aÌrvore da oliveira (Olea europaea) eÌ nativa da região do MediterraÌ‚neo e eÌ cultivada ao redor do mundo. Os frutos da oliveira fornecem o oÌleo de oliva, componente essencial da dieta do MediterraÌ‚neo, conhecido por estar associado com resultados positivos na sauÌde cardiovascular e na sauÌde geral do organismo. Tradicionalmente, as folhas de oliva eram utilizadas na medicina popular para melhorar as condições de sauÌde intestinal, cardiovascular e da pele.
Estudos recentes teÌ‚m demonstrado os efeitos beneÌficos do oÌleo de oliva na sauÌde geral são advindos de dois principais componentes fenoÌlicos, conhecidos como oleuropeiÌna e hidroxitirosol. A oleuropeiÌna eÌ um dos principais constituintes das folhas da oliveira, com grande potencial antioxidante, apresentando diversas propriedades beneÌficas para a sauÌde.
Metabolismo ósseo relacionado com exercício físico
A perda óssea pode estar relacionada tambeÌm com a praÌtica esportiva. A triÌade da mulher atleta, eÌ uma siÌndrome que reuÌne distuÌrbios alimentares, disfunções menstruais e osteoporose. Essa triÌade estaÌ relacionada a altas taxas de lesões, principalmente fraturas, em função da perda de massa oÌssea bem como osteoporose a longo prazo. A maior suscetibilidade aÌ€ osteoporose acontece, principalmente, quando a mulher atleta gasta mais energia do que consome e não tem acompanhamento médico e nutricional adequado. Esta condição pode fazer com que o organismo reduza drasticamente a produção do estrogeÌ‚nio responsaÌvel pelo fortalecimento dos ossos, o estrogeÌ‚nio aumenta a atividade de osteoblastos, ceÌlulas responsaÌveis por aumentar a produção de ossos. Desta forma, a falta do hormoÌ‚nio pode levar aÌ€ osteoporose.
Fratura por estresse no esporte, como ocorre a reparação?
O processo de reparação de fraturas envolve fatores locais e sisteÌ‚micos. O primeiro fator local presente no momento da fratura eÌ o sangramento das extremidades oÌsseas fraturadas. O sangue que acumula e preenche todo o espaço ao redor das superfiÌcies fraturadas formando um coaÌgulo. Com a ativação da cascata de coagulação, desencadeia-se o iniÌcio da resposta inflamatoÌria sisteÌ‚mica aguda, com a invasão de ceÌlulas inflamatoÌrias em todas as partes moles vizinhas. Inicia-se, então, a formação do tecido de granulação no coaÌgulo, que logo eÌ preenchido por ceÌlulas mesenquimais. Assim que tem iniÌcio a formação de cartilagem no local do hematoma, ocorre a proliferação das ceÌlulas periosteais na região das extremidades fraturadas. As ceÌlulas mesenquimais da região central, então, começam a se diferenciar em matriz cartilaginosa extracelular, formando o calo cartilaginoso, que eÌ gradativamente trocado por tecido oÌsseo por via endocondral.
OleuropeiÌna ajuda na recuperação óssea — Foto: iStock
Como a oleuropeiÌna poderia ajudar no recuperação óssea?
Estudos recentes demonstraram que oleuropeiÌna e o hidroxitirosol foram capazes de aumentar a deposição de iÌons caÌlcio em ceÌlulas MC3T3-E1 osteoblaÌsticas e inibir a formação de osteoclastos. AleÌm disso, estudos realizados onde o efeito da oleuropeiÌna foi investigado na diferenciação de ceÌlulas-tronco mesenquimais isoladas da medula oÌssea humana, que são as ceÌlulas progenitoras para osteoblastos e adipoÌcitos. Nestes estudos, foi demonstrado que a oleuropeiÌna foi capaz de inibir a diferenciação destas celulas em adipoÌcitos e contribuiu para o aumento do processo de diferenciação em osteoblastos.
Como avaliar a qualidade óssea em atletas?
Uns dos métodos de escolha na avaliação óssea em atletas é a ultrassonografia de falanges pode avaliar a qualidade óssea de atletas e ajudar no diagnóstico precoce de deficiências nutricionais e hormonais. Dentre todos os tecidos do corpo humano o osso é o único que é formado por uma matriz mesenquimal proteica de colágeno, denominada verdadeira, que sofre a impregnação dos nutrientes, formando a matriz inorgânica, denominada secudária.
A matriz mesenquimal proteica é formada por 90% de colágeno tipo I que, até os 20 anos de idade, incorpora 70-80% do teor proteico. Por sua vez, a matriz inorganica, matriz secundaria, completa o pico de massa ossea mais tardiamente, em torno dos 40 anos. O osso possui um metabolismo intenso e mostra as nossas carências se avaliado pelo médico do esporte.
Diante de uma formação estrutural adequada, os sinais iniciais de deteriorização, perda de colágeno ósseo, nas metáfises das falanges (nos dedos das mãos) são detectadas por volta de 25-30 anos, precedendo em três a quatro décadas as perdas que acometem a coluna e o quadril. Variações na densidade mineral e no grau de ligação cruzada entre fibras do colágeno afetam a função dos ossos. Se o osso for muito rígido, será incapaz de deformar e a energia imposta pela carga será liberada na forma de falha estrutural, inicialmente sob a forma de microfraturas e posteriormente soba de fraturas completas, algo por sinal muito comum em atletas com overtraining por exemplo. A força tensil ou resistência à fratura é resultado da disposição espacial da tripla-hélice do colágeno tipo I. As ligações cruzadas mantêm as hélices unidas; ao diminuir o número das ligações, a habilidade de absorver um choque físico fica reduzida.
Por isso, recomenda-se sempre que atletas amadores ou profisisonais tenham o acompanhamento do médico do esporte para o diagnostico precoce, prevenir eventuais deficiencias e potencializar o rendimento nos treinamentos.