SAÚDE

Sudeste consome frutas e hortaliças acima do índice nacional.

Para incentivar o aumento da ingestão desses alimentos, Ministério da Saúde lançou o livro Alimentos Regionais Brasileiros.

Em 10/04/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O consumo recomendado de frutas e hortaliças na região Sudeste está acima do índice nacional (24,1%). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ingestão necessária é de pelo menos 400 gramas desses alimentos diariamente. Para estimular o consumo da alimentação saudável capaz de promover mais qualidade vida, reduzindo a obesidade, diabetes, hipertensão e outras doenças, o Ministério da Saúde lançou o livro Alimentos Regionais Brasileiros. A publicação traz dicas de como cozinhar com mais saúde e pratos típicos de cada região do país.

“A diversidade culinária e variedade de frutas e hortaliças do Brasil possibilita à população manter uma alimentação saudável. O livro Alimentos Regionais é um marco importante no compromisso do governo brasileiro para priorizar a alimentação segura e mais saudável, valorizando a cultura e os saberes das práticas regionais”, destacou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Os dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2014) mostram que todas as capitais do Sudeste estão entre as dez cidades que mais consomem frutas e hortaliças. Belo Horizonte, com 32% e Vitória, com 26%. Já o Rio de Janeiro e São Paulo, ambas com 25%.  

Além de frutas e hortaliças, o Vigitel traz ainda outros dados importantes sobre a alimentação dos brasileiros. O estudo mostra que 29,4% da população ainda consome carne com excesso de gordura. No Sudeste, apenas o Rio de Janeiro (RJ) consome menos carne com gordura que o índice nacional: 25,8% e também é a capital entre as dez cidades com hábitos mais saudáveis nesse questionamento, em relação ao restante do país. Já Belo Horizonte (35,7%), está entre as cinco capitais que mais consomem carne com gordura. São Paulo e Vitória apresentam índices de 31,7% e 33,2%, respectivamente.

A pesquisa apontou também que o brasileiro tem diminuído a ingestão de refrigerante. O consumo desse produto diminuiu 20% nos últimos seis anos. No entanto, mais de 20,8% da população faz uso de refrigerantes cinco vezes ou mais na semana. O Sudeste lidera a quarta e a sexta posições do ranking das capitais que mais tomam o produto: São Paulo (25%), Rio de Janeiro (23%). Belo Horizonte (18%) e Vitória (16%) consomem menos.

Quando se trata do alimento mais consumido pelos brasileiros, o Vigitel mostrou que o consumo regular de feijão em cinco ou mais dias na semana é de 66%. No Sudeste, Belo Horizonte e Vitória, com 81,3% e 74,8%, apresentam índice superior ao do país. Em seguida, São Paulo São Paulo e Rio de Janeiro registram que 69,6% e 68,5% da população consomem a leguminosa.

ALIMENTOS REGIONAIS – Desenvolvido como complemento do Guia Alimentar para a População Brasileira, lançado em novembro de 2014, o Alimentos Regionais Brasileiros pretende incentivar especialmente o aumento do consumo de frutas, legumes e verduras. A publicação faz parte da premissa principal do Guia Alimentar que é a de a base da alimentação seja feita com alimentos frescos (frutas, carnes, legumes) e minimamente processados (arroz, feijão e frutas secas), além de recomendar que sejam evitados os produtos ultraprocessados (como macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote e refrigerantes).

Além de orientar sobre o tipo de alimento (características e uso culinário), o Alimentos Regionais traz informações de como comer e preparar a refeição, uma lista de possíveis substituições para as preparações desenvolvidas, ressaltando a diversidade cultural brasileira. A intenção é proporcionar a população o conhecimento das mais variadas espécies de frutas, hortaliças, leguminosas, tubérculos, cereais, ervas, entre outros existentes no país. 

Para a edição do livro, que revisa a versão de 2002, foram realizadas seis oficinas culinárias, uma em cada região do país e duas na região Nordeste. O foco foi o preparo de receitas culinárias contendo frutas, verduras e legumes disponíveis nos locais e pratos tradicionais da cultura alimentar dessas regiões, nas quais esses alimentos pudessem ser adicionados sem descaracterizar a comida. A versão digital já está disponível no portal do Ministério da Saúde.

Fonte: Agência Saúde