TEMAS GERAIS

Tatuador, designer e estudantes têm dia de modelo no Vitória Moda.

Iniciativa da marca Surreal levou pessoas comuns para desfile.

Em 06/07/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A primeira noite do Vitória Moda 2016, nesta terça-feira (5), foi marcada por modelos fora dos padrões. Isso porque a Surreal, com o tema “Identidade”, trouxe para a passarela cinco pessoas, que não são modelos, mas carregam muita atitude. Tatuador, design, estudantes e maquiadora tiveram um dia de modelo.

“A inspiração do desfile é o Pop Arte, que trouxe deste movimento tanto a questão da crítica social, quanto da estética. O movimento artístico da década de 50 representava uma crítica direta e irônica da sociedade de consumo da época e buscava questionar as pessoas sobre essa massificação vigente”, contou o estilista Edpo Gaspar.

Foi ele quem escolheu, através de fotos postadas em redes sociais, os cinco para o desfile. Estephan Bicalho, Cassio Magne Schneider, Jéssica Vieira, Luis Felipe Souza e Géssica Rodrigues arrancaram aplausos do público ao desfilarem ao som da rapper Karol Conka.

Nos bastidores, antes do evento, Estephan, 27 anos, contou que sempre se sentiu “esquisito”, mas passou a ver o lado positivo de ser diferente. Ele carrega barba, bigode rosa, cabelos grandes e unhas pretas. “Me sinto bem assim, feliz”, disse.

Já o tatuador Cássio, mesmo se considerando tímido, achou a experiência muito legal. As tatuagens são sua marca registrada.“Não me enquadro em padrões, mas queria viver este momento”, disse.

Com cabelos Box Bradids amarelos, a estudante Géssica Rodrigues também adorou a experiência. “Ele viu as minhas fotos nas redes sociais e fui convidada. Adorei”, disse.

Protesto e estreias ganham a passarela
A primeira noite da semana de moda capixaba  teve protesto e estreias. A Florest fez um desfile-protesto por causa do acidente ambiental em Mariana, que acabou causando estragos no Rio Doce. Na passarela tons terrosos e sem brilho, além de bolsas feitas de rede de pescar cheias de lixo.

A advogada Bebel Gama, que já teve experiência como logista e há algum tempo já investia nos caftãs, transformou a criação para uma coisa libertadora e generalizada.

A arquiteta Juliana Kwak também ousou. Conhecida pelas t-shirts, mostrou uma coleção cheia de geometria e cores sóbrias. No final ela desfilou com um look exclusivo.

Foram utilizados tecidos leves que incentivam o ato de se movimentar , ser dinâmico e criativo. Já a marca Faia de Chita trouxe uma coleção inspirada no sertão. Destaque para rendas, bordados, decotes ombro a ombro e uma cartela de cores off-white.

A Studio Etá trouxe camisas over size em viscose algodão e o clássico macacão tuta, um dos cortes mais icônicos da década de 1920. A marca Sim Sr. conhecida pela explosão de estamparia trouxe cores para a coleção.

Fonte: g1-ES