ECONOMIA INTERNACIONAL

Taxa de juros nos EUA sobe pela segunda vez no ano

Taxa de juros foi do intervalo entre 1,5% e 1,75% ao ano para a faixa de 1,75% a 2%.

Em 13/06/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira (13) a decisão de aumentar a taxa de juros no país pela segunda vez neste ano, de 1,5% a 1,75% ao ano para 1,75% a 2%.

A elevação era esperada pelo mercado, já que o BC dos EUA monitora os sinais de crescimento da economia do país para conduzir o chamado aperto monetário (aumento de juros).

Em maio, foram divulgados números positivos sobre o mercado de trabalho nos EUA, com criação de 223 mil postos e taxa de desemprego de 3,8% - a menor em 18 anos. Agora, a estimativa é de aumento nos índices de inflação, o que aumenta as expectativas por um movimento de alta dos juros.

A última vez em que o Fed havia aumentado os juros nos EUA foi em março deste ano, na primeira reunião sob o comando de Jerome Powell. Já na reunião de maio, a decisão foi pela manutenção das taxas.

No Brasil, o mercado de câmbio e a bolsa acompanham os desdobramentos da política monetária norte-americana. O mercado monitora pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos porque, com taxas mais altas, o país se tornaria mais atraente para investimentos aplicados atualmente em outros mercados, como o Brasil, motivando assim uma tendência de alta do dólar em relação ao real.

Após a divulgação da decisão desta quarta, o dólar, que estaca caindo, passou a subir sobre o real. Já o Ibovespa, que já operava em queda mais cedo, ampliou as perdas.

Pistas sobre os próximos passos

Com o aumento já esperado pelo mercado, a expectativa nesta quarta era pelo comunicado do Fed, com investidores em busca de pistas sobre os próximos passos do BC dos EUA em relação à taxa de juros no país.

Em nota, o Fed disse que "o mercado de trabalho continua se fortalecendo e que a atividade econômica vem subindo a uma taxa sólida". O órgão cita ainda que o crescimento dos gastos das famílias melhorou, assim como os investimentos das empresas, apontando que a taxa de inflação se aproxima de 2%.

(Foto: Aaron P. Bernstein/Reuters)