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Taxistas de Vitória-ES se recusam a fazer teste de inglês durante CPI.

Conhecimento do idioma é exigido em edital para a concessão de licença.

Em 17/05/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Nove candidatos aprovados na licitação, que abriu mais 108 vagas de táxi em Vitória, se recusaram a fazer testes de comprovação do domínio do inglês durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Máfia dos Guinchos, na Assembleia Legislativa do Espírito Santo. Dez licenciados foram ouvidos nesta segunda-feira (16).

A exigência de cursos de línguas constava no edital da licitação aberta pela Prefeitura de Vitória e foi responsável pelo critério diferenciado de pontuação.

A CPI foi criada com o objetivo de apurar uma suposta máfia por trás dos serviços de guincho mas também está investigando denúncias ligadas a concessão de placas de táxi em municípios capixabas.

A comissão recebeu diversas denúncias de que muitos certificados apresentados foram obtidos de maneira fraudulenta e que não foi exigido que os candidatos comprovassem o conhecimento dos idiomas.

Dos dez candidatos que compareceram para prestar depoimento, apenas um respondeu o teste aplicado por professores da Ufes e por consultores temáticos da Assembleia.

“Esse teste só demonstrou que o edital aberto pela prefeitura para liberação de novas placas de táxi na capital foi falho, já que só garantiu pontos aos candidatos que apresentaram os diplomas e os mesmos não tiveram que comprar o domínio do idioma”, disse a relatora da CPI, deputada Janete de Sá.

Janete de Sá também disse que a Prefeitura falhou em não exigir certificados dos defensores. “Como os carro podem trabalhar 24 horas, os defensores, que trabalham nas escalas dos carros também deveriam ter que apresentar os diplomas”, disse a deputada.

A parlamentar fez questão de ressaltar ainda que a CPI não tem a intenção de prejudicar nenhum candidato. “Nós estamos pedindo a PMV toda a documentação dos 108 candidatos aprovados na licitação e também dos 100 outros da lista para verificar o quanto os certificados de línguas impactaram na definição dos aprovados. Nós queremos que a prefeitura explique também como foi feita a publicidade da mudança do edital”, afirmou Janete de Sá.

A próxima reunião da CPI acontece no dia 30 de maio. Estão sendo convocados a prestar depoimento os presidentes das  Associações dos taxistas e defensores de Guarapari e o representante da empresa que opera o estacionamento rotativo no balneário, bem como os onze permissionários que outorgaram procurações para o taxista conhecido como Barão do Táxi.

Fonte: G1-ES