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TCE acha merenda vencida e até pombos junto em escolas de SP

Tribunal de Contas fez visita surpresa a 250 escolas municipais e estaduais.

Em 17/08/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Uma fiscalização-surpresa realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) identificou uma série de irregularidades na merenda de escolas públicas de São Paulo. Alimentos fora do prazo de validade, latas de comida enferrujadas, goteiras e até pombos foram encontrados dentro de refeitórios que recebem os alunos das redes municipais e estadual.

A auditoria, que foi realizada na terça-feira (15) em 250 escolas de 210 cidades paulistas (veja lista), mostrou que quase ¼ das instituições de ensino não armazenam os mantimentos de maneira apropriada, e que mais de 80% delas estão com o alvará da Vigilância Sanitária vencido. O documento garante que as determinações legais de higiene estão sendo seguidas.

Agentes do tribunal encontraram produtos alimentícios vencidos em 12 escolas. As unidades não foram identificadas no relatório preliminar. Em uma delas, da rede estadual na capital, havia mais de 3 mil unidades de bebida láctea que ou estavam fora de validade ou venciam exatamente no dia da visita. Já em outras, os fiscais acharam sacos de feijão vencidos há dois meses.

As escolas públicas de São Paulo também deixaram a desejar no quesito segurança contra incêndios, de acordo com o TCE. 90% dos colégios vistoriados não possuem o alvará obrigatório do Corpo de Bombeiros. Além disso, extintores vencidos e hidrantes sem mangueiras são as opções para combater possíveis incêndios em algumas unidades.

Latas enferrujadas, goteiras, hortaliças sem refrigeração, alimentos armazenados em meio a produtos de limpeza, equipamentos de cozinha quebrados e a presença de insetos e pombos em refeitórios foram outras irregularidades flagradas pelos fiscais na rede pública de ensino. Até garrafas de bebidas alcoólicas estavam armazenadas em meio a itens da merenda.

Procurada, a Secretaria Estadual de Educação não havia se posicionado sobre a denúncia até a publicação desta reportagem. A fiscalização não aconteceu em escolas da rede municipal da capital paulista.

(Foto: Divulgação/TCE-SP)