NEGÓCIOS

Telexfree tem nova derrota na Justiça e segue com bens bloqueados.

Decisão capixaba foi referendada pelo Superior Tribunal de Justiça.

Em 19/02/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a decisão de bloqueio dos bens da empresa Ympactus Comercial S.A, empresa que representa a marca Telexfree no Brasil, e de seus sócios.

A empresa e os sócios tiveram bens bloqueados em julho de 2014, como medida cautelar, em uma decisão da Justiça Federal. A Ympactus recorreu no Espírito Santo, e também teve o pedido negado.

No recurso, era pedida a 'recuperação judicial' da empresa, sob a alegação de que, com a mudança de nome e função, a Ympactus Comercial S.A não teria relação direta com a Telexfree.

Entretanto, de acordo com a legislação, esse pedido de recuperação só pode ser concedido se a empresa estiver funcionado por mais de dois anos com o novo nome.

A empresa disse, no recurso encaminhado ao STJ, que o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES) violou dispositivos legais e, por isso, a decisão deveria ser anulada.

Entretanto, de acordo com o ministro do STJ, Raul Araújo, essa violação não aconteceu e, por isso, referendou a decisão do fórum local.

A Ympactus chegou a alegar, no recurso, que, em fevereiro de 2014, teria completado o prazo legal de dois anos de exercício da nova marca da empresa, porém, o relator considerou que a documentação apresentada estava desatualizada e sua confiabilidade não poderia ser garantida.

O advogado da empresa foi procurado pela reportagem, mas não foi encontrado.

Caso Telexfree
A empresa é acusada de crimes contra o sistema financeiro, contra a economia popular, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Os Ministérios Públicos de pelo menos sete estados investigam a empresa Ympactus Comercial Ltda. ME, conhecida pelo nome fantasia Telexfree, por suspeita de prática de pirâmide financeira, com "investimentos" estimulados por meio de um sistema chamado de "marketing multinível".

Segundo as investigações, a empresa teria montado um esquema de pirâmide, em que cada novo membro compra um "pacote" que remunera os membros acima na cadeia. Esse novo membro, por sua vez, ganha dinheiro recrutando outras pessoas para o sistema.

Fonte: G1-ES