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Tomada de Mossul é estratégica para tropas da coalizão.

Ação pode forçar mais de 700 mil pessoas a se deslocar.

Em 17/10/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A ofensiva para tomar Mossul do poder do Estado Islâmico é estratégica para a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos. A segunda maior cidade do Iraque, com cerca de 2 milhões de habitantes, é o principal reduto do grupo terrorista no país. A região é rica em petróleo e fica perto da fronteira com a Turquia.

Tanques se deslocam nesta segunda-feira (17) em direção à cidade de 3 mil anos, no norte do país, que tem maioria sunita. De 4 a 8 mil militantes do Estado Islâmico estão na cidade, segundo a France Presse.

Foi a partir de Mossul, que é o líder Abu Bakr al-Baghdadi declarou um califado, um estado regido de acordo com a lei islâmica, no território controlado pelo grupo no Iraque e na Síria.

Mossul caiu com relativa facilidade sob controle dos extremistas em junho de 2014, em parte pela profunda desconfiança da população local a respeito das forças de segurança iraquianas, dominadas pelos xiitas. O Estado Islâmico, também conhecido como Daesh ou ISIS, foi criado a partir de radicais do braço iraquiano da Al-Qaeda.

O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, explicou no discurso que apenas o exército e a polícia entrarão em Mossul, apesar de numerosas forças de segurança participarem na ofensiva preparada para recuperar a cidade, incluindo curdos peshmergas e milícias sunitas e xiitas.

A grande ofensiva começou a ser preparada ainda no ano passado. Para o governo iraquiano, a tomada de Mossul seria uma demonstração de força e de credibilidade. O exército iraquiano já tomou outras cidades consideradas importantes pelo grupo, como Tikrit (abril 2015), Ramadi (dezembro de 2015), Falluja (junho de 2016). 

Fuga
Autoridades temem que um milhão ou mais de pessoas sejam forçadas a deixar a cidade, segundo a CNN. A Organização das Nações Unidas (ONU) falam em 700 mil novos deslocamentos. As organizações humanitárias não possuem uma ampla estrutura capaz de atendê-los caso isso aconteça. Eles buscariam abrigo na Turquia.

De acordo com os dados da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), desde maio, quando foi confirmado que o exército iniciaria uma ofensiva para retomar a cidade das mãos dos jihadistas, mais de 65 mil pessoas fugiram de Mossul e foram acolhidas pela entidade.

Estimativas apontam que 3,3 milhões iraquianos foram deslocados desde 2014.

Fonte: g1-SP