POLÍTICA INTERNACIONAL

Ucrânia: Anistia denuncia execuções sumárias de soldados no Leste.

As torturas e a morte de soldados capturados, entregues ou feridos são crimes de guerra.

Em 09/04/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A Anistia Internacional denunciou hoje (9) execuções sumárias de soldados ucranianos por parte de grupos pró-russos no Leste do país e pediu uma ação “urgente” para responder à crise humanitária.

“A nova evidência dessas mortes sumárias confirma o que suspeitávamos há algum tempo. A questão agora é: ‘O que é que os líderes separatistas farão a esse respeito’”, disse o subdiretor da Anistia para a Europa e Ásia Central, Denis Krivosheev.

Segundo a organização de defesa dos direitos humanos, há provas de que quatro soldados morreram depois de ser capturados.

“As torturas e a morte de soldados capturados, entregues ou feridos são crimes de guerra. Essas denúncias devem ser imediatamente investigadas, a fundo e de forma imparcial, e os seus responsáveis alvos de julgamentos justos por parte das autoridades”, destacou Denis Krivosheev.

A Anistia Internacional diz que existem imagens que mostram o soldado ucraniano Ihor Branovytsky, que defendia o aeroporto de Donetsk quando foi capturado e interrogado, retido até a sua morte, que foi provocada, segundo testemunhas, por disparo de um comandante separatista.

A organização também diz ter visto vídeos que mostram os corpos de pelo menos mais três militares das Forças Armadas ucranianas que, aparentemente, foram executados.

“As execuções sumárias são pura e simplesmente crimes de guerra. Os líderes da autoproclamada República Popular de Donetsk, no Leste da Ucrânia devem enviar aos seus membros a clara mensagem de que os que lutam ao seu lado e em seu nome devem respeitar as leis da guerra”, frisou Krivosheev.

Desde fevereiro deste ano está em vigor um cessar-fogo no Leste da Ucrânia.

A Anistia Internacional apresentou essas denúncias em comunicado, depois de um comandante separatista ter dito ao jornal ucraniano Kyiv Post, na segunda-feira passada, que matou 15 soldados das Forças Armadas ucranianas.

Agência Lusa