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Ufes é acusada de negligência em festas e é alvo de ação do MPF-ES.

Ação leva em conta denúncias de consumo de drogas e crimes em eventos.

Em 12/05/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O Ministério Público Federal (MPF-ES) ajuizou ação civil pública, com pedido de liminar, para que a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) finalize a elaboração do Regulamento de Festas no prazo de 30 dias. O documento também recomenda que, caso ocorram festas não autorizadas, a Vigilância Patrimonial da Universidade acione imediatamente a Polícia Militar.

De acordo com o MPF-ES, após a informação de consumo indiscriminado de drogas e de outros atos ilícito em festas realizadas no campus, em 2011, o órgão instaurou um procedimento administrativo para acompanhar a regulamentação da realização de eventos festivos dentro das dependências da Universidade.

As denúncias também envolviam a presença de pessoas armadas, e a ocorrência de furtos e agressões durante os eventos – além de festas simultâneas no mesmo dia.

Em 2012, após a notícia de um crime de estupro teria ocorrido nas dependências da Ufes, o MPF-ES recomendou que fossem proibidas as festas no campus de Goiabeiras que não fossem diretamente organizadas pela Universidade, até que houvesse a regulamentação e criação de espaço propício para tanto.

Mas, de acordo com o MPF-ES, a Ufes ainda não finalizou a Resolução que regulamentará as festas e criará espaço físico destinado para as suas ocorrências. Além disso, segundo o órgão, todas as informações concedidas pela Universidade foram incompletas ou não demonstravam nenhum avanço quanto à finalização da regulamentação.

Na ação movida pelo órgão, a Procuradoria também pede a condenação em caráter pessoal do reitor e dos organizadores dos eventos clandestinos, após devido processo disciplinar, ao pagamento dos danos patrimoniais que advirem da ocorrência de festas não autorizadas nos campi; e a fixação de multa diária em valor a ser arbitrado pela Justiça em caso de descumprimento da ordem.

Ufes
A Procuradoria da Ufes informou que ainda não foi notificada da ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF/ES). A Procuradoria ressaltou que, quando receber a ação, vai analisar seu conteúdo para adotar as providências cabíveis.

O reitor Reinaldo Centoducatte disse que já existe uma parceria entre a Universidade e as polícias Civil e Militar, que vêm atuando na repressão de exceções e crimes ocorridos nos campi, sempre que acionadas. Além disso, segundo a Universidade, desde 2012 a realização de festas nos campi está proibida e eventos não autorizados são passíveis de inquérito administrativo contra seus organizadores.

A indicação do Ministério Público Federal para o impedimento das festas será analisada pela Comissão de Segurança da Ufes, que já vem discutindo este tema nas últimas semanas.

Fonte: G1-ES