CIDADE

Um momento difícil para os jovens brasileiros.

Na avaliação de estudantes, políticas sociais constituem verdadeira solução para problema.

Em 15/07/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Em depoimentos exclusivos, parlamentares e estudantes de todo o País rechaçaram a proposta de reduzir a redução da maioridade penal, tachada por eles de uma tentativa de subtração dos direitos da juventude.

“De fato, é um período difícil, mas nós estamos aqui para lutar junto e levantar a bandeira da juventude brasileira para agora e para o futuro”, disse ao Portal Brasil a deputada federal Jandira Feghali. Embora reconheça o momento adverso para os jovens do País, a parlamentar fez questão de exaltar a presença feminina na liderança dos estudantes brasileiros. “Isso é sinal dos tempos”, comemorou, ao referir-se à Vic Barros, antiga presidente da UNE, e Carina Vitral, empossada na terça-feira.

Em entrevista exclusiva à reportagem, Alexandre Quintino, estudante da Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP) e militante na Juventude de Articulação de Esquerda, lamentou que haja uma PEC em votação cujo objetivo é tirar direitos de jovens e adolescentes.

“Eu entendo que hoje nós estamos vivendo um momento muito difícil para a juventude no País”, afirmou. “Há a necessidade de a UNE ser uma entidade de luta e que parte para cima defendendo os direitos dos jovens (...) a redução da maioridade penal é uma pauta conservadora, que busca transformá-los em culpados”, completou.

De acordo com Andreza Souza, militante do Coletivo Rua, reduzir a maioridade penal não constitui solução para o problema da violência no Brasil. Para ela, é preciso cumprir o Estatuto da Criança e do Adolescente de maneira integral.

“A gente acredita que diminuir a maioridade é colocar crianças para estudar bandidagem com adultos na cadeia”, criticou. “São necessárias condições para educar esses menores para que eles possam ser reabilitados”, acrescentou.

Encontro de gerações

Mateus Fiorentini, 30 anos, integrou a UNE, de 2007 a 2009, e a Organização Continental Latino-Americana e Caribenha de Estudantes (Oclae), de 2011 a 2014. Presente à posse da nova diretoria, ele analisou os desafios da nova geração de estudantes.

“A redução da maioridade penal, friamente, faz uma criminalização social da sociedade brasileira”, opinou. “Na verdade, é jogar na vítima a culpa por aquilo que deixamos de fazer por 500 anos”, concluiu Mateus.

Fonte: Portal Brasil