ESPORTE NACIONAL

Valdívia realiza sonho no São Paulo e se diz muito ansioso

O jogador está emprestado pelo Internacional até dezembro de 2018.

Em 09/02/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O São Paulo apresentou nesta sexta-feira, no CT da Barra Funda, o seu sexto reforço para este ano: Valdívia. O meia assinou contrato de empréstimo por uma temporada com o Tricolor.

– Agradeço muito a Deus por estar em um clube tão grande como o São Paulo. Agradeço diretoria e comissão pela confiança. Estou vivendo um sonho, muito feliz mesmo. Meus primos são são-paulinos, sempre falaram para torcer pelo clube. Sempre tive esse carinho desde criança. Hoje tenho a oportunidade de jogar no time que pensava desde criança. Muito feliz. Espero que seja uma caminhada boa – falou Valdívia.

Questionado sobre a queda de rendimento nos últimos anos, o meia admitiu que precisa voltar a atuar em alto nível. Mas acredita que a passagem pelo Atlético-MG o ajudou.

– Falta, sim, mas venho trabalhando forte. Ano passado tive uma temporada muito boa individualmente, mas os gols não saíram. Minha função tática no time eu ajudei. É trabalhar, pensar positivo e mentalizar coisas boas. Tenho qualidade para fazer. Aqui no São Paulo tenho certeza que vai dar certo. Vai ser um ano diferente para mim e para o São Paulo. Não vejo a hora de poder estrear. É a primeira vez que fico mais ansioso. Não vejo a hora de estrear com a camisa do São Paulo – acrescentou o reforço do Tricolor.

Apresentado pelo diretor executivo de futebol do São Paulo, Raí, Valdívia brincou sobre beleza e charme. Veja o que ele disse sobre estar ao lado do ídolo são-paulino.

– Ele é poko charme, eu sou poka beleza. Sou muito brincalhão fora de campo, jogador é de resenha fora de campo. Fica mais fácil. Tenho amizade com Nenê e Rodrigo Caio. É entrosar em campo para as coisas fluírem – brincou.

Depois de ganhar destaque no Internacional, Valdívia teve a carreira atrapalhada por conta de séria lesão no joelho esquerdo. Emprestado ao Atlético-MG no ano passado, o meia teve sequência na reta final do Brasileirão, mas não empolgou. Agora, no São Paulo, ele terá a missão de jogar pelas pontas no esquema de Dorival Júnior. O técnico gosta muito do jogador.

– Estou muito feliz com a chegada do Valdívia. Vínhamos acompanhando e estudando a viabilidade com as equipes envolvidas. Acompanhamos o Valdívia desde o Internacional. É notório o potencial do jogador, versátil, habilidoso e veloz. Temos certeza e estamos passando para ele que o São Paulo sempre foi um clube que recuperou muitos jogadores que têm potencial e que passaram por momentos que não eram esperados no início – falou o diretor executivo de futebol Raí.

– Um outro lado que o São Paulo sempre teve é de ser o time que detecta talentos. Valdívia é um exemplo que podemos transformar na prática. Gostamos muito da vontade e felicidade que ele teve de vir para o São Paulo, de ter esse crescimento aqui no clube – acrescentou Raí.

Líder do Grupo B do Campeonato Paulista, o São Paulo volta a campo pelo estadual no domingo, dia 18, para receber o Santos, no Morumbi. Antes disso, na quinta-feira, dia 15, o Tricolor vai até Maceió para encarar o CSA, no estádio Rei Pelé, pela segunda fase da Copa do Brasil.

Veja abaixo o que mais Valdívia falou em sua apresentação:

Lesões

– Sempre perguntam sobre isso e deixei claro que lesão é sempre ruim. Estava no auge, fazendo gols e tive essa lesão na seleção olímpica. Fiquei oito meses parado. Tem um ano e meio que voltei a jogar. Depois da lesão comecei a treinar mais. Procurei trabalhar mais a parte física. Hoje não tem dor nenhuma e me sinto bem. O trabalho aqui do São Paulo será bom pra mim. É pensar coisas boas. Sou brincalhão fora de campo, mas sou o Valdívia porque dentro das quatro linhas fiz por merecer. Acho que não caiu (o rendimento) como você está falando. Estou acostumado a fazer golaço. Está difícil de fazer gol feio. É voltar a fazer isso.

Posicionamento em campo

– Eu me destaquei com Aguirre na beirada, no Inter. Bem preparado consigo trabalhar bem. Na beirada vai ser uma boa, mas estou preparado para fazer qualquer uma. Sobre jogo antigo é difícil lembrar. Eu jogava bolinha de gude. Nem tinha condição de ter camisa do São Paulo, agora vou ter de sobra. Espero ser muito feliz.

O que representa vestir a camisa do Tricolor?

– Difícil dizer. Só tenho cinco anos de carreira e já aconteceu de tudo em pouco tempo. Já fui lá em cima, o pika, por isso saiu o "poko pika", já fui lá embaixo. E hoje estou lá no meio, junto com o São Paulo. É um clube muito grande. Vou me doar ao máximo. Vai ser um ano diferente. Tenho qualidade. A confiança da diretoria foi importante. Na diretoria tem pessoas que jogaram futebol e é mais fácil de lidar com eles. Entendem o nosso lado. Acaba ficando mais fácil, mas a cobrança é maior. Tem de estar bem. Vim um pouco desacreditado pelo pessoal, mas a comissão, diretoria e jogadores do São Paulo confiam. Eu também confio em mim, então isso é o que importa.

Planos para o futuro

– Preciso fazer gols e jogar. Não vou chegar jogando, vou brigar pelo espaço. Vou buscar e o clube precisa de títulos. Esse ano com certeza. Espero ajudar muito o São Paulo neste ano. Nem penso lá na frente. Penso hoje e na próxima partida. A cada jogo ir melhorando. No fim do ano vou pensar a longo prazo. É fazer o melhor. Não adianta pensar lá na frente e esquecer do hoje.

Disputa de posição

– É treinar. Jogador que estiver bem: pelo que entendo de futebol quem estiver melhor vai jogar. Estou treinando bem. Foi um treino só, mas estou confiante com os companheiros. É brigar pelo espaço. Abaixar a cabeça e trabalhar como o meu empresário diz. Quando as coisas estão erradas é trabalhar para dar certo.

Dorival pediu sua contratação...

– Traz mais responsabilidade, ao mesmo tempo dá mais confiança para eu trabalhar e desenvolver um bom futebol, que ele e todos viram. Não que eu vou jogar. Ele pediu, e eu vou ter de mostrar que estou bem.