Vans fazem transporte irregular e são apreendidas em Vila Velha, ES

Onze Vans foram apreendidas fazendo transporte de passageiros de forma clandestina em Vila Velha, na Grande Vitória. A fiscalização aconteceu durante 15 dias nas últimas semanas de dezembro. O Coordenador de Transportes Coletivo e Individual de Vila Velha, Ivan Rocha, informou que alguns dos veículos que foram apreendidos estavam sucateados, possuíam placas frias e menores de idade ou pessoas com pendências judiciais trabalhando nos carros.

Em dezembro de 2014, a TV Gazeta produziu uma reportagem denunciando o fato. Na ocasião a prefeitura de Vila Velha informou por nota que a fiscalização era de competência do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, que negou a informação. Dias depois a prefeitura começou a fiscalização que resultou nas apreensões dos veículos.

Rocha informou que existe uma lei que dá autonomia para o município apreender e reter o veículo, mas que antes essa retenção não acontecia. O coordenador disse ainda que o município precisa melhorar o sistema de transporte coletivo e que está investindo na renovação da frota. Ele pede que a população tenha paciência e que ajude denunciando o transporte irregular.

Um levantamento da prefeitura de Vila Velha apontou que cerca de 70 veículos atuam no município levando entre quatro a seis mil passageiros por dia. Rocha afirmou que é preciso coibir a ação dos perueiros antes que se transforme em uma espécie de crime organizado.

Segundo o coordenador, os perueiros trabalham com rota especifica e ponto final, mas a comunicação entre eles dificulta as apreensões. "Eles tem um sistema que dificulta a abordagem. Eles possuem olheiros que informam quando estamos fazendo fiscalização ai param os carros e os passageiros descem. Desta forma, com o carro parado, não podemos fazer a apreensão", afirmou Rocha.

A prefeitura estima que cada veículo consiga lucrar cerca de R$ 900 por dia. Rocha ainda explicou que nenhum veículo pode realizar o transporte de passageiros, pois não possuem nenhum documento emitido pela prefeitura autorizando essa atividade. "Para isso seria necessário regulamentação e a abertura de licitação", explicou.

Fonte: G1-Espírito Santo