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Vendedora com Covid-19 acusa médico de assédio sexual

Segundo a prefeitura de São Vicente/SP, o médico foi afastado de suas funções.

Em 12/08/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Arquivo Pessoal

Segundo a vendedora Fonseca, de 27 anos, o relato de Jocimari, durante o atendimento o médico mediu a pressão dela e disse que ela precisava relaxar.

Um médico do Centro de Combate ao Coronavírus de São Vicente, no litoral paulista, foi alvo de nova denúncia de assédio sexual. A assistente de loja Jocimari Fonseca, de 27 anos, que está com Covid-19, conta que também ouviu do profissional que estava estressada e precisava ‘dar uma relaxada’.

De acordo com a prefeitura, o médico foi afastado de suas funções. Segundo o relato de Jocimari, durante o atendimento o médico mediu a pressão dela e disse que ela precisava relaxar.

“Falei que não estava entendendo porque relaxar, então ele se levantou, ficou perto de mim, e falou que oportunidade eu tinha e questionou se me faltava vontade e coragem, exatamente como aconteceu com a outra paciente”.

Após a importunação do médico, ela relata que demonstrou estar brava com a situação.

“Eu então perguntei se era só isso e se eu poderia sair. Ele disse que ‘já que você não é [corajosa], era só aquilo mesmo’ e que eu poderia ir embora”, disse.

“Eu tentava falar da Covid-19 e ele mudava para assunto de relacionamento, perguntou se eu era casada. Mas a ficha não estava caindo. É difícil de acreditar. Até então achei que ele estava em um dia ruim, mas depois que vi que teve outra vítima, vi que era falta de caráter, uma pessoa anti-ética”, afirmou ao G1.

Ainda conforme a vendedora, ela está aguardando o fim da quarentena para poder fazer o registro da ocorrência presencialmente. A denúncia da outra paciente foi o que incentivou a assistente de loja a levar à tona o que também viveu.

Em nota ao G1, o Conselho Regional de Medicina do estado de São Paulo (Cremesp) informou que não foi oficialmente acionado, até o momento, e que poderá abrir sindicância para investigar se houve infração ao Código de Ética. O Conselho relata também que o médico mencionado não responde à qualquer outra sindicância, atualmente.