ECONOMIA INTERNACIONAL

Vice do Banco do Japão defende importância do relaxamento quantitativo.

Iwata referiu-se a uma ampla reforma da política do BoJ, anunciada em setembro.

Em 07/12/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O vice-presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Kikuo Iwata, disse nesta quarta-feira (7) que o relaxamento quantitativo continua sendo importante no combate à deflação, numa nova sinalização de que há divergências entre dirigentes do banco central japonês sobre os melhores instrumentos para gerar inflação.

"Alguns argumentam que o foco da política do banco mudou de quantidade para juros sob a nova estrutura de política, mas essa interpretação é inapropriada", afirmou Iwata em Nagasaki, no sudoeste do Japão.

Iwata referiu-se a uma ampla reforma da política do BoJ, anunciada em setembro. Pela nova estrutura, o BC japonês estabeleceu uma meta de juro zero para bônus do governo (conhecidos como JGBs) de 10 anos e tornou mais flexível o objetivo anterior de comprar até 80 trilhões de ienes em JGBs anualmente.

Muitas autoridades do BoJ dizem que a mudança representa uma admissão de que compras de ativos em larga escala, ou relaxamento quantitativo, não eram tão eficazes como se imaginativa para derrotar um ciclo negativo de quedas nos preços.

Iwata, por sua vez, tem sido um dos maiores defensores do relaxamento quantitativo no Japão.

Em seu último discurso a líderes locais, Iwata também disse que o BoJ "tomará medidas adicionais de relaxamento sem hesitação", se necessário, para impulsionar a inflação para a meta de 2%.

Iwata comentou ainda que o BoJ vai "acompanhar de perto" as futuras políticas do presidente eleito dos EUA, Donald Trump.

Fonte: Dow Jones Newswires