Em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado nesta quinta-feira (29), a equipe de educação da Vigilância Sanitária de Vitória (Visa) promoveu abordagens educativas em bares, pontos de ônibus e outros locais de grande aglomeração de pessoas para alertar sobre os riscos do cigarro tanto para quem fuma quanto para quem é fumante passivo.

A gerente da Vigilância Sanitária de Vitória, Flávia Riegert, explica que o órgão atua para orientar e educar a população quanto ao tabaco, bem como fiscalizar sua comercialização e uso nos espaços públicos.

"Nosso principal objetivo é orientar as pessoas que fumam a buscar nossos serviços de saúde para deixar de fumar, além de proteger os cidadãos que não fumam do uso passivo do cigarro", explica Flávia.

Em uma das ações educativas, realizada em um ponto de ônibus da Reta da Penha, a equipe abordou o vendedor Cleanto Ferreira, 24 anos, que declarou não saber que era proibido fumar no local.

“Quem fuma precisa respeitar quem não fuma, pois muita gente não gosta do cheiro do cigarro”, declara.

A empregada doméstica Maria de Araújo Elis, 59 anos, elogiou a iniciativa. “Precisa lembrar sempre que o cigarro faz mal pra saúde”, afirma.

Legislação

A Lei Antifumo nº 12.546/2011 foi regulamentada em 2014. A legislação proíbe fumar em ambientes coletivos e locais totalmente ou parcialmente fechados em qualquer um dos seus lados por parede, divisória, teto ou toldo, como restaurantes, lanchonetes, áreas comuns de condomínios, clubes, hotéis e pousadas, escolas e universidades. Fumódromos foram, assim, extintos.

Equipe da Vigilância Sanitária de Vitória fez abordagens em ponto de ônibus na Reta da Penha  Foto: André Sobral - Secom/PMV

Em Vitória, qualquer pessoa pode denunciar o uso de tabaco nesses ambientes por meio do telefone 156.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabaco é responsável por cerca de seis milhões de mortes em todo o mundo. No Brasil, estima-se que o tabagismo seja responsável por 200 mil óbitos ao ano. 

Tratamento

Em Vitória, todas as unidades de saúde estão aptas a realizar ações para enfrentar o tabagismo em dois eixos: na prevenção e no tratamento dos tabagistas, por meio do Grupo de Apoio Terapêutico ao Tabagismo (GATT).

As ações visam reduzir a iniciação do tabagismo, principalmente entre jovens, aumentar o fim do tabagismo entre os que se tornaram dependentes e proteger todos dos riscos do fumante passivo. Para o munícipe que deseja parar de fumar, a orientação é procurar a unidade de saúde mais próxima e iniciar o tratamento no início de um novo GATT.

O GATT é preconizado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), que inclui a abordagem cognitivo-comportamental do fumante, com treinamento de habilidades comportamentais, visando à cessação e à prevenção da recaída. O indivíduo deve passar por uma consulta de avaliação clínica antes de iniciar as sessões de abordagem.

Nela, são avaliados a motivação da pessoa em deixar de fumar, seu nível de dependência física da nicotina, se há indicação ou contraindicação de uso do apoio medicamentoso, existência de comorbidades psiquiátricas e sua história clínica.

A abordagem cognitivo-comportamental consiste em sessões individuais ou no GATT, com 10 a 15 participantes. Durante as sessões, os indivíduos que tiverem indicação como poderão utilizar apoio medicamentoso do adesivo transdérmico de nicotina (21mg, 14mg e 7mg), goma de mascar de nicotina (2mg) ou cloridrato de bubropiona (150mg).

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