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Vistoria da OAB encontra goteiras e mofo no Hospital Infantil de Vitória
Órgão vai produzir um relatório, que será analisado em agosto pelo conselho da OAB.
Em 20/07/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Superlotação, infiltração, mofo e goteiras foram algumas situações constatadas no Hospital Infantil de Vitória durante vistorias realizadas pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB/ES), nos meses de junho e julho.
O órgão vai produzir um relatório, que será analisado em agosto pelo conselho da OAB e, a partir dele, serão definidas quais providências serão tomadas.
Também foram realizadas vistorias no Hospital Estadual de Urgência e Emergência, novo São Lucas. Lá, foi constatada a falta de leitos de retaguarda, na enfermaria, para acomodar toda a demanda recebida. Nos dois hospitais foram visitados todos os setores.
Segundo a vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/ES, Flavia Santos Murad, as vistorias foram realizadas a partir de denúncias.
“Não foram muitas, mas uma única denúncia já é suficiente para atuarmos, pois saúde é um direito universal, garantido na Constituição”, disse.
Apesar dos problemas encontrados nos dois hospitais, a vice-presidente afirma ser nítido o esforço das equipes médicas. “Os profissionais trabalham com dificuldades e estresse. É muito complicado, mas eles são super engajados, atendem com amor, dentro do possível”, destaca.
Recorrente
Em maio desse ano o Hospital Infantil de Vitória foi vistoriado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), e foram encontrados os mesmos problemas de agora.
Na ocasião, mais uma vez falou-se sobre a transferência do pronto-socorro para o Hospital da Polícia Militar (HPM), agora em julho. Flavia tem dúvidas se isso realmente vai acontecer.
“Já estamos no final do mês, e até agora só a promessa. Do que jeito que está, não dá para continuar, a estrutura tem problemas seríssimos, é uma calamidade”, avaliou.
Para o presidente do CRM, Carlos Magno Pretti Dalapícola, é preciso que estado e municípios se unam para melhorar a atenção básica.
“O estado sozinho não consegue suprir uma demanda que é de toda a Grande Vitória. Enquanto continuar indo tudo para o novo São Lucas e para o Infantil, vai continuar havendo superlotação. Os municípios têm que melhorar a estrutura de atendimento e serem mais resolutivos”, disse.
Outro lado
O subsecretário de Estado da Saúde, Fabiano Marily, afirmou que o pronto-socorro do Hospital Infantil de Vitória será transferido para o HPM ainda este mês. Segundo ele, após a mudança, o número de leitos pediátricos vai saltar de 171 para 294.
No que diz respeito ao Hospital Estadual de Urgência e Emergência, ele afirmou que o volume de leitos de retaguarda é significativo, e que a alta demanda é sazonal. De acordo o subsecretário, os pacientes que foram vistos no corredor estavam em observação aguardando para terem alta ou serem transferidos para outros setores.
(Foto: Divulgação/ OAB)