CIDADE
Vitória inicia estudo para mudar concessão de água e esgoto.
O estudo no sistema de saneamento da capital deve ser concluído em 120 dias.
Em 31/03/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A conta de água e esgoto que você paga é justa? Por que muitas famílias pagam e não têm esses serviços? Por que o esgoto ainda é jogado nas praias, manguezais e na baía de Vitória?
Esses questionamentos feitos por muitos moradores motivaram a Prefeitura de Vitória a elaborar um estudo de viabilidade para reformular todo o modelo de captação de água, tratamento de esgoto e despoluição da nossa baía.
O estudo para viabilizar a mudança no sistema de saneamento da capital deve ser concluído em 120 dias e vai apontar valores, prazos e o formato de gestão. Atualmente, esses serviços são realizados pela Companhia Espírito-Santense de Água e Esgoto (Cesan), uma empresa do Governo do Estado, que atende 125,6 mil imóveis na capital.
Mudança
A mudança no sistema começou a ser viabilizada em fevereiro, a partir do decreto que estabelece regras para a apresentação de projetos, levantamentos ou estudos que visem à concessão ou à permissão de serviços públicos, parcerias público-privadas (PPPs), arrendamento de bens públicos ou concessão de direito real de uso.
O secretário de Gestão Estratégica de Vitória, Fabrício Gandini, argumenta que, hoje, a Cesan opera na capital sem qualquer contrato formal. "O estudo é o primeiro passo para o município resolver a questão da poluição das águas e o preço justo das contas que os moradores de Vitória pagam em áreas muitas vezes não atendidas pelo atual sistema", diz Gandini.
"O morador paga muito caro por esse serviço e quer resultados. Precisamos de um novo modelo que reconheça a necessidade de devolver ao caixa do município o que é gasto pela prefeitura", acrescenta o secretário de Meio Ambiente de Vitória, Luiz Emanuel Zouain.
"A abertura para um estudo que permita um diagnóstico sobre como anda o saneamento é o primeiro passo para resolvermos a despoluição das águas e tornarmos justas as contas que os moradores de Vitória pagam em áreas muitas vezes não atendidas pelo atual sistema”, disse o prefeito de Vitória, Luciano Rezende.
