SAÚDE

Acidentes com quedas lotam hospitais, diz Ministério da Saúde

3 em cada 10 brasileiros com mais de 60 anos sofrem, uma queda grave por ano.

Em 27/03/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Divulgação

Estimativa do Mistério da Saúde aponta que 3 em cada 10 brasileiros com mais de 60 anos sofrem, pelo menos, uma queda anualmente. O problema é que o país tem uma população de 29,4 milhões nesta faixa etária. Dos que caem,  20% ou 5,88 milhões buscam internação nos hospitais do SUS.  Os outros 10% ou 2,94 milhões fazem tratamento ambulatorial. 

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Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier este é o caso dos traumas oculares. Pior, os anuários estatísticos do DATASUS revelam que quando o assunto é acidentes nos olhos, as perfurações que podem levar à perda definitiva da visão tiveram queda, mas ainda predominam. Somaram 4,3 mil casos em 2015 e 3,5 mil em 2017, último levantamento da pasta.

Restauração da visão

 “Acidentes acontecem quando você menos espera”, diz o CEO do Grupo Valverde. Há alguns meses, já preparado para dormir, se levantou e quando retornou ao quarto tropeçou no tapete ao lado da cama, conta Carlos Francisco Valverde. “No tombo consegui perfurar o olho direito bem próximo do centro e desmaiei. Ao acordar não enxergava nada. Fiquei muito angustiado. Dá para imaginar o que é ficar sem enxergar?”  pergunta. Na mesma noite saiu com a esposa em busca de atendimento médico.

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“No primeiro hospital, um clínico geral de plantão examinou meu olho, disse que era grave e me encaminhou para um hospital público para ser atendido por um oftalmologista” conta Valverde. No segundo, depois de um bom tempo uma oftalmologista o examinou. “A médica me disse que não poderia sair dali porque tinha de tomar um antibiótico imediatamente e passar por cirurgia. Aguardei por mais de duas horas apesar do desconforto. Jamais imaginei que pudesse passar por tamanho stress. Como não recebi o medicamento e a médica desapareceu resolvi ir para casa. A visão estava escura e a dor no olho indescritível”, desabafa.

Só na manhã seguinte foi atendido por Queiroz Neto.  O oftalmologista afirma que o acidente de Valverde causou uma perfuração na córnea que levou ao deslocamento ou prolapso da íris, parte colorida do olho. ”A lesão é uma emergência porque a laceração da córnea pode provocar uma infecção generalizada no globo ocular”, salienta.  A cirurgia, explica, consiste em remover a saliência da íris e suturar a córnea. O tratamento é iniciado com antibiótico e anti-inflamatório sistêmicos. Após o procedimento são utilizados colírios anti-inflamatório e antibiótico. O acompanhamento com higienização subpalpebral reforça o tratamento tópico e dura meses. Hoje, Valverde enxerga melhor com o olho que machucou do que com o outro, mas não precisava tanto, brinca.

Cirurgia de catarata reduz risco

Queiroz Neto afirma que a queda entre idosos é um problema de saúde pública multifatorial relacionado à redução do equilíbrio, enfraquecimento muscular, diminuição da percepção de distância e profundidade, dificuldade de adaptação ao escuro, queda na audição e visão.

 A boa notícia é que a cirúrgica da catarata elimina vários desses fatores e por isso reduz em 40% o risco de quedas.  Isso porque, explica, a visão responde por 85% e nossa integração com o meio ambiente e a opacificação do cristalino não acontece na mesma intensidade nos dois olhos. “Esta diferença de grau entre os olhos provoca um desequilíbrio que desaparece após a cirurgia que substitui o cristalino opaco por uma lente intraocular transparente. Esta lente também melhora a adaptação ao escuro, a visão de contraste e de profundidade, afirma.

Outras medidas preventivas

As recomendações preventivas do oftalmologista são:

  • Dar preferência aos tapetes antiderrapantes.

  • Manter a iluminação dos ambientes difusa.

  • Durante a noite manter uma lâmpada acesa em pontos estratégicos.

  • Adaptar corrimãos de apoio nos corredores e banheiros

  • Passar por checkup ocular anualmente para diagnosticar doenças no início.

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