SAÚDE

Brasil tem dois casos suspeitos de varíola dos macacos

Ministério da Saúde informou que um caso suspeito é no Ceará e outro em Santa Catarina.

Em 30/05/2022 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: iStock

Além dessas suspeitas, as secretarias de saúde de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul aguardam até o final desta segunda-feira os resultados de exames de um paciente com sintomas similares ao da doença.

O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (30) que o Brasil tem dois casos suspeitos de varíola dos macacos, um no Ceará e outro em Santa Catarina. Nenhum caso foi confirmado até o momento. O ministério disse que “está em contato com estados para apoiar no monitoramento e ações de vigilância em saúde”. A pasta criou uma sala de situação para rastrear os casos suspeitos e definir o diagnóstico clínico e laboratorial.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações também acompanha o avanço da doença com a ajuda de um grupo de especialistas ligados à UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), à Universidade Feevale e à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Além dessas suspeitas, as secretarias de saúde de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul aguardam até o final desta segunda-feira os resultados de exames de um paciente com sintomas similares ao da doença.

Segundo a SES (Secretaria Estadual de Saúde), porém, ainda não há informações suficientes para considerar o caso como suspeito. Embora os sintomas tenham sido comunicados à vigilância epidemiológica por serem similares ao varíola dos macacos, se trata de um paciente com um diagnóstico pregresso que também poderia causá-los —inclusive as lesões na pele, principal característica da infecção.

Na sexta (27), a Argentina confirmou os dois primeiros casos da doença na América Latina. A varíola dos macacos é do gênero Orthopoxvirus, o mesmo da varíola, e tem sintomas similares ao dela, embora menos graves. A maioria dos pacientes se recupera em poucas semanas, mas há possibilidade de evolução para casos problemáticos.

O vírus tem duas variantes principais: a cepa do Congo, mais grave e com até 10% de mortalidade, e a da África Ocidental, com mortalidade de 1%.

Segundo especialistas, a transmissão se dá por contato próximo prolongado, não necessariamente sexual. O vírus pode entrar no corpo humano através do trato respiratório ou pelo contato, direto ou indireto, com fluidos contaminados.

Os sintomas incluem erupções cutâneas, febre, dores e calafrios. O surgimento de novos casos de varíola dos macacos no mundo tem levado brasileiros a procurarem pela vacina e por cartões de vacinação antigos.

Em um levantamento feito pela Abcvac (Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas), 73% dos associados responderam que aumentou a procura por um imunizante. Do total, 25% afirmaram que há “muita” demanda e 48%, que há “alguma” demanda.

Apesar do interesse recente, nenhum imunizante da varíola está disponível nem na rede privada nem no SUS (Sistema Único de Saúde). A vacina parou de ser aplicada no Brasil em 1979 e, em maio de 1980, a Assembleia Mundial da Saúde declarou oficialmente a erradicação da doença. (Mais Góias) 

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