SAÚDE

Conjuntivite se espalha nesta época do ano.

Especialista aponta 5 cuidados fundamentais durante a doença.

Em 05/05/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Nesta época do ano, quando manhãs e noites são frias e contrastam com o calor do meio-dia, é muito comum aumentar a ocorrência de duas doenças: gripe e conjuntivite – sendo que não necessariamente uma está relacionada à outra. Olhos avermelhados, irritados e ‘colados’ logo pela manhã dão sinal de que algo não está indo bem com a saúde. Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana mucosa que reveste a parte branca do globo ocular (esclera). Essa inflamação geralmente provoca aumento de secreção do muco, acentuada pela irritação, e pode ser causada por uma série de fatores.

De acordo com o médico oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, todo tipo de virose muito comum nos dias frios pode provocar irritação ocular. Da mesma forma que a pessoa pode vir a sentir congestão nasal, dor de garganta e tosse, pode também perceber que a conjuntiva está ficando congestionada, irritada. Se o quadro de conjuntivite surge na sequência de uma gripe ou resfriado, é quase certo que é do tipo viral e vai passar em uma ou duas semanas sem necessidade de antibióticos. Entretanto, é altamente contagiosa e sua propagação se dá por contato físico com pessoas ou objetos de uso comum.

Já a conjuntivite provocada por bactéria apresenta um quadro mais sério, que deve ser investigado e tratado o quanto antes. A infecção pode ser resultado do uso abusivo de lentes de contato e se transformar numa úlcera de córnea, por exemplo. “Nesse caso, a dor é algo constante e os olhos apresentam uma secreção cinza-amarelada. Colírios antibióticos devem ser prescritos o quanto antes pelo oftalmologista, a fim de conter o avanço da doença. É importante alertar para os riscos da automedicação – que pode elevar as chances de complicações”, diz Neves.  

Tanto a conjuntivite bacteriana quanto a viral podem acometer apenas um olho ou ambos.  São contagiosas e atingem tanto crianças quanto adultos. As crianças, entretanto, são mais suscetíveis ao tipo bacteriano. De acordo com o especialista, também existe a conjuntivite neonatal. “Trata-se de uma doença transmitida de mãe para filho durante o trabalho de parto. O recém-nascido deve ser tratado com urgência, já que em quadros graves há risco de comprometer a visão. Nesse caso, a internação se faz necessária”.

Neves indica 5 cuidados durante uma crise de conjuntivite:

  1. Lavar os olhos várias vezes ao dia com água morna para eliminar a secreção;
  2. Fazer compressas de água gelada para atenuar a irritação ocular;
  3. Usar lágrimas artificiais para manter os olhos bem lubrificados;
  4. Lavar as mãos várias vezes ao dia;
  5. Evitar frequentar lugares fechados, como escola, cinema, transporte público etc.

Durante o ápice da doença, essas medidas são fundamentais para conter a propagação de conjuntivite. “Em caso de o paciente apresentar sensação de areia nos olhos, dor, irritação, coceira, vermelhidão, lacrimejamento excessivo, febre, dor nas articulações e dor de garganta, é fundamental consultar um serviço de oftalmologia o quanto antes”, alerta Renato Neves.