Exercícios cognitivos desenvolvem habilidades como memória, concentração, raciocínio e criatividade, melhorando a qualidade de vida.

Você sabia que dia 22 de julho é o Dia Mundial do Cérebro? Este importante órgão – assim como nosso corpo – pode e deve ser exercitado para funcionar em seu máximo desempenho e assim, postergarmos o aparecimento de doenças neurodegenerativas.

Isso é possível com a prática da ginástica para o cérebro, que consiste em atividades realizadas sistematicamente que têm como pilar a novidade, variedade e desafio crescente, com o objetivo de promover o fortalecimento das conexões entre os neurônios.

“Quanto mais robusta esta circuitaria está, mais protegido e resistente é o nosso cérebro”, comenta Solange Jacob, Diretora Acadêmica Nacional do Método Supera.

Ela complementa dizendo que essa ideia se baseia no conceito de neuroplasticidade, já comprovado pela neurociência, que consiste na ideia de que é possível modificar o cérebro de acordo com estímulos externos.

Cérebro ativo em todas as faixas

Assim, a prática da ginástica cerebral mantém o cérebro ativo em todas as faixas etárias e aprimora as funções cognitivas, como memória, atenção, velocidade de processamento de informações, funções executivas; as habilidades emocionais como lidar com as emoções, com o ganhar e o perder, aprender com o erro, desenvolver autoconfiança, autoavaliação e outras.

Dessa forma, a prática da ginástica cerebral por toda a vida pode funcionar como uma proteção para o cérebro, criando o que os neurocientistas chamam de reserva cognitiva, ou seja, a resiliência do cérebro em apresentar melhores condições de se proteger, de tolerar ou lidar melhor com as alterações cerebrais.

“Ao viver mais, nos deparamos com a necessidade de prevenir o declínio cognitivo tanto quanto possível. E, de fato, do ponto de vista da saúde, a melhor maneira de prevenir os sintomas do envelhecimento, do declínio cognitivo, da neurodegeneração é melhorar o desempenho de forma sustentada. Melhor desempenho atrasará o declínio e, consequentemente, atrasará o início dos sintomas. Então, podemos dizer que uma a ginástica cerebral funciona quando melhora o desempenho cognitivo de forma sustentada e pode funcionar como uma ‘neuroproteção’, contribuindo para a melhora da qualidade de vida”, explica Solange. (Isabella Rabelo e Tatiana Oliveto)