SAÚDE

Dores de cabeça podem ser causadas por cervicalgia, diz especialista.

Os sintomas dessa doença não são específicos, explica o ortopedista Lourimar Tolêdo, do HM.

Em 13/05/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Tudo está muito bem até surgir de leve o primeiro incômodo na cabeça. Minutos depois, a dor se intensifica ao ponto de ser necessário usar um medicamento. Identificar-se com esta situação é imediata mesmo, pois apenas 3% de toda população mundial têm o privilégio de não passar por isso na vida. Apesar de comum, algumas patologias podem estar escondidas, inclusive o que médicos chamam de cervicalgia.  

Estima-se que o problema atinja mais as mulheres do que os homens. A cervicalgia pode começar silenciosamente e a sensação incômoda pode se irradiar para os membros superiores.  “Os sintomas dessa doença não são específicos e o paciente pode apresentar padrões diferentes de dor”, explica o ortopedista Lourimar Tolêdo, do Hospital Metropolitano. “Elas podem ocorrer atrás do pescoço, em algum ou ambos os lados dos ombros, e pode afetar a mandíbula causando a cefaleia”, completa. 

O médico explica que essa patologia pode ter causas distintas, como doenças inflamatórias ou reumatológicas, infecções, traumas e até tumores. Geralmente, os sintomas estão relacionados à rigidez dos movimentos na região, nódulos musculares e a sensação de fraqueza. Trabalhos que envolvam ação repetitiva de membros superiores e flexão da coluna cervical também estão relacionados à dor cervical.

“Além do uso de medicamentos, o tratamento envolve sessões de fisioterapia, estabilização vertebral e exercícios de musculação, além de cuidados com a postura no dia a dia”, enfatiza o ortopedista.

DICAS: 

Cuidado com a postura.

Evite-se manter sentado ou deitado com a cabeça flexionada por muito tempo. A atenção deve ser redobrada em atividades que normalmente são feitas em posições incorretas, como assistir televisão, ler ou usar o computador. Outro ponto de atenção é a postura que você mantém ao atender ao telefone: inclinar lateralmente a cabeça e elevar o ombro nem pensar.  

Faça intervalos.

A cada 50 minutos de trabalho, por exemplo, caminhe ou faça um alongamento muscular. 

Sono.

Observe a densidade do seu colchão e a altura do travesseiro. Evite dormir na posição com a barriga para cima ou de bruços, pois essas posturas podem provocar uma rotação cervical mantida por longo período, gerando um desalinhamento entre as colunas cervical, dorsal e lombar. 

Alongue.

Para prevenir as lesões e diminuir a tensão acumulada nessa parte do corpo, cuide para que os alongamentos façam parte da sua rotina. Estique o pescoço, girando-o cuidadosamente para os lados, inclinando-o para cima e depois, tocando o queixo no peito. Mantenha 5 segundos em cada posição.

Ascom/Hospital Metropolitano