SAÚDE

ES tem 2.346 pessoas à espera de córneas, coração, fígado e rim

Na última terça-feira (02), o Hospital Dório Silva realizou a 1ª captação de córnea de 2024.

Em 06/01/2024 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Divulgação/Sesa/Secom-ES

Atualmente no Espírito Santo, além dos 1.095 pacientes que aguardam por um transplante de córneas, sete pessoas estão na fila por um coração, 35 por um fígado e 1.209 por um rim.


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Um levantamento feito pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), com informações do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), apontou que, entre 2012 e 2022, foram realizados 86 mil transplantes de córnea no Brasil. Segundo Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o transplante de córneas foi o mais realizado no ano de 2022 no Brasil, quando comparado com outros órgãos e tecidos.

No Espírito Santo, o Hospital Estadual Dório Silva realizou a primeira captação de córnea de 2024. A doação aconteceu na última terça-feira (02) e vai proporcionar a melhoria de vida para dois dos 1.095 pacientes que aguardam por um transplante de córneas no Estado. Atualmente no Estado, além de córneas, sete pessoas estão na fila de transplante por um coração, 35 por um fígado e 1.209 por um rim. Só em 2019, foram realizados no Espírito Santo, 211 transplantes de córnea, 95 de rim, 23 de fígado, 11 de coração, 17 de escleras e 60 de medula óssea autólogo, segundo dados da Central de Transplantes do Espírito Santo (CET-ES).

“A doação de órgãos é um ato de amor e generosidade para com o próximo. Meu sincero agradecimento a essa família doadora”, disse a coordenadora da Central Estadual de Transplantes do Espírito Santo (CET-ES), Maria Machado.

Segundo a enfermeira da Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), do Hospital Dório Silva, Jeyse Pedrete de Oliveira Silva, o acolhimento à família por parte dos profissionais e o respeito ao tempo se fazem importante no momento da doação de órgãos.

“Só depois de realizado o acolhimento, é que começamos o processo de entrevista com o familiar, explicando o passo a passo para a doação e como tudo é realizado. A permissão para a doação é do familiar, por isso é muito importante quando as pessoas conversam em vida sobre isso e os familiares já sabem o desejo daquele ente querido”, frisou Jeyse Pedrete.

A enfermeira da CIHDOTT contou também como que, por meio da atitude solidária, a família poderia ajudar aqueles que aguardam por um transplante.

“É um gesto de amor, de solidariedade, de empatia e, acima de tudo, extremamente nobre. Reafirmamos que a pessoa que vai receber essa córnea terá a possibilidade de enxergar o mundo. Nesse momento de profunda tristeza receber um ‘sim’ é realmente um ato extremo de amor ao próximo. E isso envolve toda uma equipe comprometida na dor da família pela perda e na alegria de alguma pessoa que vai voltar a enxergar”, destacou.  

Desejo de ser doador

  • Informe e converse com a sua família sobre esse desejo. No Brasil, só com a autorização da família, é possível dar prosseguimento a essa decisão. Não adianta deixar nada escrito ou registrar em cartório. Só os familiares podem dar essa autorização.

  • A autorização pode ser dada por um familiar de primeiro ou segundo grau. Por isso a importância do diálogo em vida, deixando esse desejo claro para que os familiares não fiquem em dúvida, em um momento de tristeza e dor, quanto a essa decisão.

  • Com essa conversa em vida, você estará ajudando alguém que está aguardando a doação de um órgão e que ficará imensamente grato e contribuindo para diminuir a lista de espera por um transplante.

  • Lembre-se: a doação de múltiplos órgãos acontece quando há morte encefálica e, nesse caso, o protocolo de etapas para identificar um paciente nessas condições é extremamente rigoroso e seguro. E quando o diagnóstico fecha, essa pessoa é um potencial doador de órgãos. No caso de o coração parar, apenas as córneas podem ser doadas. 

Setembro Verde

As atividades realizadas durante o mês de setembro foi mais uma alternativa de sensibilização para ampliar o “sim” para doação de órgãos. No Espírito Santo, a Lei Estadual 10.374/2015 incluiu no calendário oficial do Estado o “Setembro Verde”, como o mês de conscientização sobre a doação de órgãos. (Com informações da Sesa)

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