SAÚDE

ES terá mais de mil postos de vacinação no dia D.

O objetivo é facilitar a vida da população.

Em 29/04/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Os municípios capixabas vão intensificar a vacinação contra gripe neste sábado (30), abrindo as unidades de saúde e disponibilizando outros postos de aplicação em locais estratégicos. O objetivo é facilitar a vida da população, principalmente de pais e de pessoas responsáveis pelo cuidado de idosos, que trabalham durante a semana.

De acordo com informações repassadas pelos municípios à coordenação do Programa Estadual de Imunizações, 3.266 profissionais de saúde vão atuar no Dia D de vacinação contra a gripe no Espírito Santo. Ao todo, 538 unidades de saúde estarão abertas no sábado. Além disso, 639 postos de aplicação serão disponibilizados em locais estratégicos de cada cidade pelas secretarias de saúde municipais, totalizando 1.177 locais de vacinação.

A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, explicou que o Dia D é uma mobilização que tem como objetivo voltar todos os esforços para a imunização do público prioritário da campanha. “É um dia em que as unidades de saúde funcionam exclusivamente para a vacinação contra a gripe, o que representa uma facilidade para quem não pode ir às unidades durante a semana porque trabalham, a exemplo dos pais ou responsáveis por levar as crianças para serem imunizadas”.

Pelo menos 679 mil pessoas devem ser vacinadas contra gripe no Espírito Santo, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que representa 80% do grupo prioritário (849.975 pessoas). A vacinação no Estado foi antecipada para o dia 18 de abril para os trabalhadores da saúde, as gestantes e as puérperas (mulheres no período até 45 dias após o parto). A partir de 30 de abril, dia D de Mobilização Nacional, até o dia 20 de maio, será destinada a todos que compõem o grupo prioritário da campanha.

Além dos trabalhadores da saúde, gestantes e puérperas, também estão no grupo prioritário da campanha nacional de vacinação contra gripe as pessoas com 60 anos ou mais; crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade; indígenas; população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional; e pessoas com doenças crônicas, como diabetes tipos I e II em uso de medicamento, hipertensão sistêmica com comorbidade, entre outras.

Definição dos grupos prioritários

Os grupos prioritários da campanha nacional de vacinação contra gripe são definidos pelo Ministério da Saúde com base nas séries históricas de pessoas infectadas, as faixas etárias mais atingidas e populações mais suscetíveis. E uma vez que esta população é imunizada, os riscos de transmissão dos vírus diminuem consideravelmente.

A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações ressalta que o público-alvo da campanha são pessoas com maior risco para desenvolver complicações em decorrência da gripe, seja porque possuem o sistema imunológico menos desenvolvido, no caso das crianças, ou porque têm o organismo mais debilitado.

No caso de gestantes e puérperas, por exemplo, a vacina traz benefícios tanto para as mulheres, por reduzir a possibilidade de desenvolverem formas graves da doença, quanto para seus bebês. “A vacina aplicada na gestante protege o bebê porque o corpo da mãe produz anticorpos e os transfere para a criança pela placenta. Assim, o bebê fica parcialmente imunizado enquanto não recebe a primeira dose da vacina, aos 6 meses. Quanto às puérperas, ao vaciná-las, evita-se que elas adoeçam e passem gripe para os recém-nascidos”, detalhou Danielle Grillo.

Saiba mais

Como a vacina age no organismo para protegê-lo contra o vírus da gripe?

A vacina é composta por vírus mortos. Injetando o antígeno na pessoa, estimula-se o sistema imunológico a produzir anticorpos contra a doença. Assim, a pessoa que tem contato com o vírus já tem o anticorpo para combatê-lo e não desenvolve a doença. E quando desenvolve, ela vem de forma mais branda.

 

Contra quais vírus a vacina ofertada na campanha protege?

A vacina ofertada na campanha é trivalente, composta pelos vírus influenza A (H1N1), influenza A (H3N2), e influenza B (subtipo Brisbane), portanto, é contra esses tipos de vírus que a vacina protege. Apesar de esses vírus serem os mais prevalentes, há outros que causam gripe, por isso é possível que mesmo quem for imunizado desenvolva a doença.

 

Mesmo depois de vacinada a pessoa pode pegar gripe?

A vacina contra gripe é feita de vírus mortos, portanto, não existe a possibilidade de a pessoa pegar gripe por que tomou a vacina. Mas ela pode sim adoecer se o vírus estiver incubado antes da vacinação (o vírus pode ficar até sete dias no corpo antes de se manifestar). Outra possibilidade é a pessoa ser infectada por um vírus diferente daqueles que compõem a vacina. 

 

Por que a vacina da gripe deve ser tomada todo ano?

Porque a proteção dura cerca de um ano. E a cada ano a Organização Mundial da Saúde (OMS) verifica quais cepas (subtipos de vírus) estão circulando para que a vacina seja produzida a partir das cepas mais prevalentes.

 

A vacina contra gripe gera reações adversas?

Gera reações leves, que costumam ser resolvidas nas primeiras 48 horas após a vacinação. As principais reações são febre, dor de cabeça e dor no corpo. A recomendação é usar compressa fria no local da aplicação e tomar analgésico quando necessário. Em caso de complicação, é importante procurar um médico ou solicitar orientação no posto onde a vacina foi aplicada.

 

A vacina contra gripe possui alguma restrição?

Sim. Quem tem alergia grave a ovo ou desenvolveu alergia grave à dose anterior contra a gripe não deve receber a vacina. Em caso de dúvida, consulte um médico.

Fonte: SECOM-ES