SAÚDE

Estudantes de Vitória recebem atendimentos oftalmológicos

No programa De Olho no Futuro, alunos recebem atendimentos oftalmológicos gratuito.

Em 19/08/2022 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Luis Oliveira/PMV

O programa tem como propósito aumentar o rendimento escolar e diminuir a evasão, muitas vezes causados por problemas de visão não identificados.

Estudantes das Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emef) Maria José Costa Moraes, em São José, e Ceciliano Abel de Almeida, em Itararé, estão recebendo atendimentos oftalmológicos gratuitamente, por meio do programa De Olho no Futuro - Dr. Ubirajara Moulin de Moraes.

O programa tem como propósito aumentar o rendimento escolar e diminuir a evasão, muitas vezes causados por problemas de visão não identificados. Serão 350 estudantes atendidos na rede de Vitória, com as atividades nestas quinta (18) e sexta-feira (19). As unidades de ensino são escolhidas pelos responsáveis pelo programa.

O estudante Daniel Pereira, do 4º ano da Emef Maria José Costa Moraes, já passou por avaliação oftalmológica e está à espera de um óculos, que receberá gratuitamente. "Uma oportunidade única, com certeza vai me ajudar a estudar melhor e aprender ainda mais. Jamais imaginava que poderia ter uma consulta e receber um óculos, dentro da minha própria escola. Foi bem legal tudo isso aqui", celebrou o estudante.

Para o diretor da unidade de ensino, João Everaldo Assis, receber o programa na escola foi um movimento de suma importância.

"É muito importante para a nossa comunidade escolar, uma vez que, boa parte dos estudantes não têm acesso a esse tipo de atendimento. Então hoje tiveram gratuitamente, aqui dentro da escola, com conforto, segurança e tranquilidade. Acredito que isso vai contribuir para a aprendizagem", ressaltou.

As consultas são realizadas dentro de um ônibus itinerante equipado para fazer os exames. Os óculos serão entregues aos estudantes em até 30 dias. Depois disso, o De Olho no Futuro continua acompanhando o desempenho desses estudantes por meio da psicopedagoga do programa.

Milene Mello é coordenadora socioambiental do Instituto Unimed Vitória, e falou sobre a qualidade de vida que o programa trará para os estudantes.

"O programa é muito importante porque vem atuar diretamente na contribuição para o melhor processo de aprendizagem daqueles estudantes que têm problemas visuais e que muitas vezes não são identificados. Esperamos que com essa intervenção eles possam se desenvolver melhor cognitivamente e tenham uma aprendizagem efetiva", disse a coordenadora.

Como funciona o programa

Desenvolvido pelo Instituto Unimed Vitória, o programa tem oito médicos envolvidos nos atendimentos. A equipe que faz o cadastro e a triagem dos estudantes é voluntária, composta por colaboradores da Unimed Vitória, amigos, familiares e clientes.

Desde 2017, outras seis unidades de ensino de Vitória já foram contempladas pelo programa, com 1.841 estudantes atendidos. Os atendimentos foram realizados nas Emef: Aristóbulo Barbosa Leão, em Bento Ferreira; Ceciliano Abel de Almeida, em Itararé; Izaura Marques da Silva, em Andorinhas; Otto Ewald Júnior, em Itararé; Vercenílio da Silva Pascoal, em Joana D'Arc; e Suzete Cuendet, em Maruípe.

Dados oftalmológicos

No Brasil, os dados epidemiológicos disponíveis mostram que os problemas de visão que podem ser corrigidos são expressivos e interferem no rendimento escolar de crianças e jovens.

De acordo com estudo apresentado pela Revista da Associação Médica Brasileira, 75% dos casos mostram que crianças com baixa acuidade visual apresentam rendimento escolar e notas piores que as demais, e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10% das crianças em idade escolar apresentam algum tipo de deficiência visual e, muitas vezes, esse problema passa despercebido pela família e escola, e acaba interferindo diretamente na aprendizagem. (Secom/PMV)

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