Funcionários de hospital protestam contra transferência de Utin, no ES.

Funcionários do Hospital Dório Silva, na Serra, Grande Vitória, realizaram, nesta sexta-feira (27), um protesto contra o fechamento dos leitos na unidade. Segundo o governo estadual, 16 leitos de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) e 10 de médio risco serão transferidos para o Hospital Geral e Infantil Dr. Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha.

Os manifestantes caminharam pela Avenida Eudes Cherrer de Souza, em Laranjeiras. Eles acreditam que a população será prejudicada. "Já foi fechado o pronto socorro, a maternidade e agora estão querendo fechar a Utin, quer dizer, transferir para Vila Velha. Isso vai criar um transtorno muito grande para a população da Serra e para os funcionários", disse o diretor do Sindsaúde, Valdecir Nascimento.

Mães que tem filhos internados na unidade também participaram do protesto. A dona de casa Jussara Viana contou que está preocupada. "Vai ser difícil, porque no Dório a gente tem todo o atendimento e no outro a gente já sabe que está faltando pediatra", contou a mulher, que está com a filha internada no Dório Silva.

Uma médica, que preferiu não se identificar, teme que haja problemas na transferência de pacientes. "Temos pacientes graves, pacientes que não suportariam uma transferência para um hospital tão distante, como o Himaba. O que nos foi passado é que serão abertos somente 20 leitos lá. O deveria acontecer não seria o fechamento d eleitos, mas sim a ampliação deles", disse.

Direção do hospital
A diretora do hospital, Sônia Dalmolin, explicou que os 26 leitos serão fechados, mas 30 leitos adultos serão abertos no Dório Silva. "O que tem que ficar muito claro para a população é que não haverá fechamento de leitos. O hospital Dório Silva hoje tem perfil de hospital adulto e no espaço da Utin serão colocados novos 30 leitos, o projeto já está pronto", explicou.

CFM
O vice-corregedor do Conselho Federal de Medicina, Celso Murad, lamentou o fechamento da Utin no Hospital Dório Silva. Ele acredita que essa mudança será uma perda para a pediatria e para a população. para o médico, centralizar o atendimento pode provocar sobrecarga e desconforto.

Fonte: G1-Espírito Santo