SAÚDE

Infertilidade conjugal é cada vez mais comum entre casais

Problema afeta cerca de um em cada dez casais em idade fértil no Brasil.

Em 27/06/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Destak - Reprodução

Muitos casais sonham em ter filhos, mas desconhecem que podem ser inférteis. A infertilidade conjugal é uma doença definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a ausência de gestação após 12 meses de relação sexual sem métodos contraceptivos.

O problema atinge cerca de um a cada dez casais em idade fértil no Brasil e estima-se que aproximadamente dois milhões de casais venham a apresentar algum tipo de dificuldade ao longo de suas vidas reprodutivas.

“A espera de um ano é o tempo suficiente para procurar um médico especialista e realizar os exames necessários”, afirma o urologista Gabriel Moulin.

Obviamente, existem situações nas quais este tempo deve ser menor. Por exemplo, quando a mulher tem 35 anos ou mais deve procurar ajuda após 6 meses de tentativa. Outros exemplos são aqueles casais nos quais há uma suspeita de alteração inicial, como presença de menstruações irregulares, Síndrome dos Ovários Policísticos, endometriose, infecção pélvica prévia, gestação ectópica anterior, laqueadura tubária ou vasectomia.

Segundo o urologista, a sociedade costuma culpar as mulheres, mas isso não passa de um mito. A OMS afirma que, das causas de infertilidade, 40% são relacionadas a fatores femininos, 40% a fatores masculinos e os 20% restantes são caracterizados pela infertilidade combinada do casal ou não é possível identificar a razão.

Fatores masculinos

A função do sistema reprodutor masculino é produzir e transportar os espermatozoides. Alterações deste sistema podem reduzir a quantidade, a movimentação, a forma e a capacidade de fertilização dos espermatozoides.

“As principais causas que encontramos para explicar estes problemas são varicocele, processos infecciosos, exposição a toxinas, fatores genéticos, alterações hormonais e obstrução dos ductos de transporte”, explica o urologista Gabriel Moulin. “Além disso, boa parte dos homens com alteração no sêmen não tem qualquer motivo identificável que a explique”, completa ele.

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