CENÁRIO EMPREENDEDOR

"Informação": A chave do sucesso para o varejo

Estamos vivendo o momento da transformação dos hábitos tecnológicos.

Em 15/05/2018 Referência JCC, Prof. José Luiz Mazolini

Ainda que muitos ainda relutam em compreender sobre essa extraordinária “chave”, capaz de abrir as portas para o sucesso, a cada minuto, a “informação” se torna a commodity mais relevante do planeta. Posso afirmar que a informação é a principal matéria-prima para o processo de inteligência competitiva e, também, é a base para a construção de conhecimento nos indivíduos e nos negócios.

Comprovando a tese, no começo deste ano, a Revista Forbes comparou os rankings das empresas mais valiosas em 1967 e em 2017. Na primeira análise, as gigantes IBM, AT&T, Kodak, GM e Standard Oil se sustentavam na liderança; na segunda análise, outras potências assumiram o Top 5: Apple, Alphabet, Microsoft, Amazon e Facebook.

Esses dados confirmam que estamos vivendo o momento da transformação dos hábitos tecnológicos, conscientes de que muito ainda está por vir, em curto prazo. Por exemplo, o conceito de big data já é reconhecido com um dos ativos fundamentais para alavancar negócios, ajudando a turbinar o portfólio de clientes.

O momento sinaliza com mais um forte duelo da chamada “guerra do varejo”, cujo objetivo é compreender sobre o desejo, comportamento e exigências do consumidor online, cada vez mais atento e conhecedor, exigindo, assim, redobrada atenção na definição e aplicação das estratégias eficazes para ser alcançado, onde um dos pilares de sustentação está na força da “informação”.

Recentemente, a Amazon, maior plataforma de Marketplace do mundo, anunciou um recurso de compras internacionais, que exibirá preços, custos de envio e estimativas de impostos de importação, permitindo que clientes de todo o mundo comprem mais de 45 milhões de itens que podem ser enviados a seus países a partir dos Estados Unidos.

Este é o cenário de consolidação de algumas das tecnologias que já estamos nos acostumando ou acostumados a conviver, mas, também, assistiremos o surgimento de tendências tecnológicas, possibilitando que os novos modelos de negócio voltados para o setor de varejo possam decolar fortemente.

Falo de uma realidade traduzida em praticidade e comodidade que é a utilização dos dispositivos móveis, para fazer compras, realizar transações bancárias, operações financeiras e outros tipos de conexões com o mundo, nas mais diversas origens, necessidade e demandas. Cada vez mais popularizados, os aplicativos de e-commerce tornam mais simples e seguro adquirir bens e serviços pelo celular.

Dados de uma pesquisa realizada no ano passado pela plataforma de pesquisa digital, MindMiners, revelaram que 25% dos e-commerces brasileiros já são responsivos. Sites mobile first, também conhecidos como prontos para receber clientes que navegam por smartphone e tablet, são fundamentais canais de migração das estações de trabalho para os dispositivos móveis.

Na Black Friday de 2017, o share de pedidos de compras feitos via celular aumentou 81,8% na comparação com 2016, o que representa um crescimento de, aproximadamente, 30% dos pedidos realizados por meio de dispositivos móveis, segundo números do Ebit. Isso aponta para um universo crescente de consumidores declinando para os negócios via aplicativos e que os investimentos em segurança e logística por parte das empresas estão sendo recompensados.

Em síntese, os apps são mesmo apostas interessantes e necessárias e, quem ousou e investiu nesse mercado, está obtendo resultados turbinados. Ou seja, informação, tecnologia e negócios caminham juntos. O que no passado foi uma impossibilidade econômica para os pequenos e médios empresários, especialmente, os do setor varejista, está cada vez mais se tornando um horizonte a ser considerado.

Sobre o autor:

É professor universitário, com formação em Administração de Empresas e Pessoas; Marketing Estratégico de Negócios e Esportivo; Publicidade e Propaganda, além de MBA Executivo em Negócios Internacionais; ambos pela Universidade Norte do Paraná, Londrina/PR. É empresário, diretor da Mazolini Consultoria & Marketing do Correio Capixaba e CCNES, e palestrante/conferencista.

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Imagem: Blossom/Reprodução