SAÚDE

Mapeamento reduz tempo de espera para cirurgias no Rio.

Média da primeira metade do ano foi de 45 cirurgias por dia, um recorde do Instituto.

Em 25/11/2015 Referência JCC

O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), órgão do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, registrou um crescimento de 41% no número de cirurgias diárias no primeiro semestre deste ano pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O aumento é resultado do estudo feito pelo Instituto com a Coordenação de Programas de Pós-graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE/UFRJ). Nesse trabalho, foi realizado um mapeamento para otimização das 21 salas de cirurgia do Into, aumento da rotatividade dos 321 leitos e análise criteriosa da fila de espera.

A média registrada na primeira metade do ano foi de 45 cirurgias diárias, um recorde do Instituto. Em 2014, foram realizadas cerca de 30 a 32 cirurgias por dia, em média. Em 2015, 36% das intervenções cirúrgicas foram de alta complexidade – cirurgias que demandam não apenas tempo prolongado de execução e de internação, como também alto nível de capacidade técnica.

“Com o estudo, quantificamos o número e tipos de cirurgias que precisamos realizar diariamente, relacionando esses dados com a demanda de pacientes para cada um dos diferentes procedimentos cirúrgicos. Estamos priorizando as cirurgias para as quais a demanda do Into é maior, como as próteses de quadril e de joelho e as cirurgias de coluna”, ressalta o diretor geral do Into, João Matheus Guimarães.

O resultado do primeiro semestre foi apresentado à Justiça Federal, com a qual o Instituto fechou acordo para realizar 10,5 mil cirurgias ortopédicas em 2015. Em 2014, o Into realizou 7.560 cirurgias.

Importância

O Into adaptou seus processos de trabalho para reduzir o tempo de espera para as cirurgias. O trabalho conjunto já dura um ano e possibilitou a formulação de um modelo próprio para o Instituto, que leva em conta quatro aspectos – número de pacientes que entram na fila a cada ano, número de cirurgias realizadas, número de pacientes que saem da fila anualmente e a capacidade estrutural do Into, que conta com 100 cirurgiões ortopédicos, entre os 544 médicos.

As 5.074 cirurgias realizadas na sede do Into no primeiro semestre somam-se às outras 87 realizadas nos mutirões de especialistas do Instituto deslocados temporariamente para os Estados do Acre e Rondônia, no Projeto Suporte. Ou seja, as cirurgias do Into chegaram a 5.161. No mesmo período, houve a entrada no sistema de novas 4.105 cirurgias. O saldo, ainda assim, é positivo.

“Queremos diminuir para dois anos o tempo máximo de espera para procedimentos de maior demanda. É o tempo estimado atualmente em países como a Inglaterra e o Canadá”, declarou a coordenadora de Planejamento do Into, Germana Bahr, que comanda o estudo pela instituição.

Fonte: Portal da Saúde