SAÚDE

Médico explica os efeitos da incontinência urinária.

As causas da doença são diversas, incluindo constipação e infecção urinária.

Em 12/06/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Muitas vezes constrangedora, a incontinência urinária causa impacto nas relações sociais, psicológicas e emocionais. De acordo com último estudo feito pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a disfunção acomete mais de 10 milhões de pessoas em ambos os sexos, sendo mais recorrente entre as mulheres, principalmente após os 40 anos.

As causas da doença são diversas, incluindo constipação, infecção urinária, fraqueza dos músculos do assoalho pélvico, medicamentos, números de partos e cirurgias pélvicas, entre outros. De acordo com o urologista Tadeu Carvalho, que faz parte da Associação de Urologia do ES (AUES), a incontinência urinária se desenvolve aos poucos.

"Os rins produzem urina, que é armazenada na bexiga. Quando o músculo responsável por manter fechado o canal da urina deixa de contrair, ou há instabilidade da musculatura da bexiga, a incontinência se forma e o paciente perde o controle sobre ela", detalha o médico.

Tipos de incontinência urinária

Existem três tipos que diferem os níveis da doença. É o que explica o urologista. "Quando a pessoa tosse, ri, faz exercício, movimenta-se e já perde um pouco de urina, pode ser considerado incontinência urinária de esforço. Muitos deixam o convívio social por conta disso, sendo fundamental iniciar o tratamento assim que surgirem os sintomas”, exemplifica Carvalho.

Há, ainda, o estágio de urgência, em que o paciente sente uma vontade súbita e às vezes incontrolável de urinar em meio às atividades diárias, sem relação com qualquer esforço físico. “Existe a possibilidade, também, da pessoa desenvolver os dois tipos de incontinência (mista), sendo muito difícil controlar a perda de urina pela uretra”, esclarece.

Tratamento da disfunção

A disfunção pode ser curada, tratada ou conduzida. Segundo Carvalho, pequenas mudanças comportamentais já possibilitam uma melhora significativa na qualidade de vida do paciente.

“Exercícios específicos para os músculos do pavimento pélvico, como contraí-lo e relaxá-lo por alguns segundos, ajudam. Evitar o consumo de alimentos cítricos e bebidas com gás, além de fisioterapia constante, também são importantes. Nos casos mais severos, o tratamento é cirúrgico através de um suporte uretral, para situações de esforço. Já na incontinência de urgência, é feito o uso de toxina botulínica”, conclui.