SAÚDE

Médico do HM apresenta pesquisa em congresso internacional.

Cirurgião vascular capixaba Fábio Pereira vai mostrar resultados de tratamentos de aneurisma.

Em 06/10/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O aneurisma de aorta atinge um em cada 20 homens com mais de 60 anos. Entre as mulheres, a incidência cai para um caso para cada grupo de 250 pessoas. A doença se caracteriza por uma dilatação na parede da principal artéria do corpo humano, a aorta, ou – em casos raros – em um vaso do cérebro. 

Segundo o cirurgião vascular Fábio Pereira, quando se descobre a tempo a dilatação na aorta, é possível tratá-la com eficácia por meio de uma tecnologia na qual o País se tornou referência para os vizinhos latino-americanos: a cirurgia endovascular.

“Esse procedimento é guiado por vídeo e permite uma rápida recuperação do paciente, por ser minimamente invasivo. Em três dias ele já pode ter alta”, afirma Fábio Pereira.

Pesquisas

O médico apresentará os resultados de duas pesquisas realizadas no Hospital Metropolitano, localizado na Serra, sobre aneurismas complexos e alternativas de tratamento, no XIV Panamerican Congress on Vascular and Endovascular Surgery, realizado entre os dias 5 e 8 de outubro, no Rio de Janeiro.

Uma delas se refere ao uso de gás carbônico em substituição ao iodo como meio de contraste na cirurgia endovascular e em exames radiológicos. Essa técnica preserva a saúde de pessoas que apresentam histórico de alergia à substância ou de insuficiência renal, além de idosos e diabéticos.

No Espírito Santo, ela foi aplicada pela primeira vez em novembro de 2015, no Hospital Metropolitano, em um paciente que precisava tratar um aneurisma da aorta abdominal. O cirurgião explica como funciona:

“O CO2 é injetado por meio de um cateter, assim como é feito com o contraste. Caso fosse adotado o método tradicional – contraste iodado –, essa pessoa poderia ter seus rins atingidos. Ele permite uma boa visualização do organismo e é eliminado pelos pulmões”, informa Fábio.

Mortalidade

A taxa de mortalidade após a ruptura de um aneurisma da aorta é alta. Cerca de 25% das pessoas morrem antes de chegar ao hospital e 51%, depois. Das que sobrevivem e vão à cirurgia de emergência, 46% perdem a vida.

Fonte: Vera Caser Comunicação