SAÚDE

OMS pede cancelamento de festas de Natal devido Ômicron

Diretor da OMS fez um alerta para as aglomerações durante a época festiva que se aproxima

Em 21/12/2021 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: © REUTERS/Denis Balibouse/Direitos Reservados

Adhanom explicou que atualmente existem evidências de que esta nova variante está se dispersando significativamente, mais rápido” do que a estirpe anterior, a Delta, causando infeções em pessoas já vacinadas ou que se recuperaram da covid-19.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu às famílias que repensem o Natal face ao rápido avanço da variante Ômicron. “Um evento cancelado é melhor que uma vida cancelada”, afirmou o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Ele alertou para as aglomerações durante a época festiva que se aproxima, lembrando que elas podem levar a um “aumento de casos, à sobrecarga dos sistemas de saúda e a mais mortes” por covid-19.

“Todos nós queremos voltar ao normal. A forma mais rápida de conseguir passa pela tomada de decisões difíceis, por líderes, para defender a todos. Em alguns casos vai significar cancelar ou adiar eventos”, explicou Ghebreyesus em entrevista coletiva nessa segunda-feira.

“Um evento cancelado é melhor do que uma vida cancelada. É melhor cancelar agora e celebrar depois do que celebrar agora e lamentar depois”, afirmou.

Adhanom explicou que atualmente existem evidências de que esta nova variante está se dispersando significativamente, mais rápido” do que a estirpe anterior, a Delta, causando infeções em pessoas já vacinadas ou que se recuperaram da covid-19.

“É mais provável que as pessoas vacinadas ou recuperadas da covid-19 possam ser infectadas ou reinfectadas”, disse Tedros.

Dessa forma, a OMS considera “insensato” concluir que a Ômicron é uma variante “mais branda”.

"É insensato pensar que esta é uma variante branda, que não causará doenças graves, porque com os números aumentando, todos os sistemas de saúde estarão sob pressão", disse Soumya Swaminathan, cientista-chefe da OMS.

A organização deu, no entanto, alguma esperança ao considerar que a pandemia, que já causou mais de 5,6 milhões de mortes em todo o mundo, poderá acabar em 2022, se 70% da população mundial estiverem vacinados até meados do próximo ano.

“Nós esperamos que essa doença passe a ser relativamente branda, que seja facilmente prevenida, que seja facilmente tratada. Se conseguirmos manter a transmissão do vírus ao mínimo, poderemos acabar com a pandemia”, disse Mike Ryan, principal especialista em emergências da OMS.

Tedros também afirmou que a China – país onde o vírus SARS-CoV-2 foi detectado pela primeira vez – deve fornecer mais dados relacionados à origem da covid-19 para ajudar na futura política de combate a pandemias.

“Precisamos continuar até conhecer as origens, precisamos de nos esforçar mais porque devemos aprender com o que aconteceu para fazer melhor no futuro”, disse o diretor-geral da OMS.

“2022 deve ser o ano em que acabaremos com a pandemia”, acrescentou. (RTP)

Leia também:

3.847 adolescentes de Cariacica estão com vacina em atraso
Bebês prematuros: Causas para o nascimento antes da hora
Vacina com horário especial na véspera de Natal em Cariacica
Bairros com vacinação espontânea essa semana em Vila Velha
Rio de Janeiro confirma primeiro caso da variante Ômicron
Brasil anuncia uma doação de 10 milhões de doses de vacina
Serra divulga o calendário de vacinação sem agendamento
​Estado autoriza o esquema homologo para dose de reforço
Anvisa solicita proteção policial aos membros após ameaças
Brasil registra 1,4 mil casos de covid e 49 mortes, em 24 horas
Ômicron força países europeus a se fecharem de novo

TAGS:
COVID-19 | ÔMICRON | FESTAS DE NATAL | OMS | ALERTA