O acúmulo anormal da proteína amiloide, quando formada com defeito, em algumas partes do corpo pode desencadear a amiloidose, uma doença rara que afeta o funcionamento de alguns órgãos. Existem diferentes tipos dessa enfermidade, que é basicamente causada por uma mutação genética ou por alteração na medula óssea, que produz a proteína amiloide. Os sintomas variam de acordo com a parte afetada.

"O paciente pode apresentar arritmia ou insuficiência cardíaca se o coração for acometido. No caso dos rins, há inchaços nos pés e nas mãos. Já quando os nervos são afetados, os sintomas estão relacionados ao formigamento, tonturas e adormecimento dos dedos dos pés e das mãos", explica Phillip Scheinberg, coordenador de Hematologia Clínica do Centro Oncológico da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

A biópsia, análise de uma parte do tecido retirado, é o método de diagnóstico mais utilizado para identificar amiloidose e o tratamento vai depender do órgão atingido. "Os tratamentos mais comuns envolvem quimioterapia, medicamentos que impedem que as proteínas defeituosas sejam formadas na medula óssea, ou, mais recentemente, uso de drogas inovadoras que impendem a produção da proteína amiloide pelo fígado e que diminuem o depósito dessa substância no coração, nervos, rins, intestino, medula óssea e outros tecidos. Em alguns casos, há a necessidade de realizar transplante de medula óssea ou de fígado.

Categorias da doença 

De acordo com Phillip Scheinberg, existem cerca de 25 tipos de amiloidose, que estão divididos em quatro grupos.

Amiloidose primária: quando há uma ampla produção de proteínas defeituosas pelas células plasmáticas localizadas na medula óssea que afetam o coração, os rins, os nervos, o fígado, os vasos sanguíneos, o intestino e a língua.

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