SAÚDE

Profissional explica, gravidez após o câncer de mama é possível

Engravidar após ter um tumor é possível, sim, mas envolve uma série de questões.

Em 27/05/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A decisão de ter um filho após o tratamento de um câncer de mama deve ser vista com planejamento e cautela. Até o fim deste ano, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil são esperados 57.960 casos novos de câncer de mama. Engravidar após ter um tumor é possível, sim, mas envolve uma série de questões que devem ser conversadas entre a paciente e o médico.

É o que explica Cleverson Gomes do Carmo Jr., mastologista e ginecologista da Medquimheo. “Devido à ligação bem estabelecida entre os níveis de estrogênio e o desenvolvimento deste tipo de câncer, geralmente há uma recomendação de não engravidar antes de pelo menos dois anos após o término do tratamento. Este período é fundamental para uma boa gestação”, detalha.

Amamentação

As mulheres que fizeram o tratamento contra o tumor, mas não precisaram retirar a mama, podem amamentar sem restrições. Afinal, não existem células cancerígenas que possam ser transmitidas ou afetar a saúde do bebê.

Já no caso das mulheres mastectomizadas, a retirada da mama e dos ductos mamários torna impossível a amamentação. “Mesmo em cirurgias parciais, se o tratamento envolver radioterapia, a produção de leite pode ficar comprometida, uma vez que a radiação afeta as células responsáveis pelo processo”, completa o mastologista.

Congelamento de óvulos

Para as jovens que desejam ter filhos e foram diagnosticadas com a doença, é aconselhado retirar alguns óvulos, antes de iniciar o tratamento, e congelar para que no futuro possam recorrer à técnica de fertilização in vitro.