SAÚDE

Sesa: doador de medula óssea deve manter cadastro atualizado.

Em 04/08/2015 Referência JCC

O transplante de medula óssea é um dos tratamentos propostos para pessoas com leucemias, linfomas, anemias graves ou congênitas, hemoglobinopatias, entre outras doenças que afetam as células do sangue. Quando um paciente precisa desse transplante e não possui um doador compatível na família é consultado o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), cuja função é cadastrar pessoas dispostas a doar. Para que esses doadores sejam localizados de um jeito mais rápido e fácil é necessário que o cadastro esteja atualizado
 
A referência técnica responsável pelo setor de medula óssea do Hemocentro do Espírito Santo (Hemoes), Carla Aparecida Ferreira Couto, explica que o voluntário que fez o cadastro para doação de medula óssea em um dos Hemocentros do Estado pode atualizar as suas informações, caso tenha mudado, por exemplo, de endereço, telefone e e-mail, no site no Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (www.inca.gov.br/doador) ou mandar as atualizações para o e-mail hemoes.medulaossea@saude.es.gov.br ou hemoes.biosseguranca@saude.es.gov.br. 
 
Para atualizar as informações não é necessário que o voluntário faça uma nova coleta de sangue. A referência técnica explica que essa atualização é importante para que o doador seja encontrado caso haja compatibilidade de sua informação genética com a de um paciente que está a espera do transplante. A chance de encontrar uma medula compatível é, em média, uma em cem mil. 
 
“Se a compatibilidade for efetivada após o cadastro do doador, ele é chamado para realizar uma nova coleta para que essa compatibilidade seja comprovada novamente. Para que consigamos localizar essas pessoas é de extrema importância que seu cadastro esteja com informações atuais, principalmente telefone”, ressalta Carla.
 
Doação
 
Segundo Carla Aparecida Ferreira Couto, se a compatibilidade for confirmada, o doador é consultado para que sejam realizados testes complementares e efetivar a doação. “Antes de se cadastrar, a pessoa tem que conhecer como é o procedimento e saber que precisa realizar testes para dar continuidade ao processo”, explica a referência técnica responsável pelo setor de medula óssea do Hemoes.
 
Quando o voluntário é chamado para doar, um médico irá avaliar seu estado de saúde e novos exames serão feitos. De acordo com os resultados do estado de saúde do voluntário e da doença do paciente que receberá a medula óssea, o médico define como será a coleta da medula
 
Carla Aparecida explica que existem dois tipos de procedimentos. aquele em que a medula óssea (tecido gelatinoso encontrado no interior dos ossos, conhecidos popularmente como “tutano” onde são produzidos os componentes sanguíneos) é coletada pelo osso da bacia. Neste caso, o doador é anestesiado e o médico faz punções para aspirar a medula. Segundo Carla, os efeitos colaterais para o doador após o procedimento são poucos, como dor local, o que pode ser amenizado com analgésicos.
 
A outra maneira para doação é por aférese (coleta pela veia). Neste caso, o doador toma uma medicação em um período de cinco dias para que a produção das células-mãe aumente. No sexto dia as veias do doador estão cheias de células-mãe, o sangue do doador é filtrado por um equipamento que recolhe apenas as células-mãe e devolve as outras para o doador. “As células mãe são aquelas que dão origem à célula sanguínea”, explica a referência técnica, Carla Aparecida. Após a doação, a medula do doador se recompõe em 15 dias e, normalmente, eles retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana.
 
Cadastro
 
A pessoa interessada em se tornar um doador de medula pode ir a qualquer unidade do Hemoes no Estado e se cadastrar. Para isso, basta preencher uma ficha com dados pessoais e autorizar a coleta. Será retirada por sua veia uma pequena quantidade de sangue (5 a 10 ml). Qualquer pessoa que esteja bem de saúde e tenha entre 18 e 55 anos pode participar.
 
Fonte: SECOM-ES