A saúde pública do Espírito Santo inaugurou uma importante etapa na manhã desta quinta-feira (05), com o início das atividades dos Programas de Residência em Saúde da Secretaria da Saúde (Sesa), por meio do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi). 

A solenidade aconteceu no auditório da Faculdade Católica de Vitória, na Capital, e contou com a presença do secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes; da diretora-geral do ICEPi, Quelen Tanize; do responsável pela Vigilância em Saúde da Sesa, Luiz Carlos Reblin; do gestor em Educação e Saúde do ICEPi, Luiz Claudio da Silva; e pelo coordenador do Programa de Residência Médica em Acupuntura do ICEPi, José Almeida Castro Filho.

Durante a fala de abertura, o secretário Nésio Fernandes parabenizou os 130 residentes presentes pela conquista e os lembrou da importância do processo de transformação do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Temos a expectativa de que os programas conduzidos pelo ICEPi se constituam no Espírito Santo como uma linha de frente para a transformação do SUS. Precisamos consolidar uma formação profissional que estimule o protagonismo e o desenvolvimento do sujeito. E quem vive a experiência pioneira de criar e desbravar o programa de residência vive algo inovador. É um momento histórico, pois decidimos no primeiro ano de governo expandir mais de 180 vagas de residência no Estado. Tem coisa que só vale fazer se for grande, se tiver proporção e que tenha significado”, disse Nésio.

Já a diretora do ICEPi, Quelen Tanize, destacou a responsabilidade dos novos residentes e falou da emoção em poder receber as primeiras turmas.

“No momento que vocês aceitaram esse convite de fazer parte da primeira turma, vocês também são convidados a construir esse processo junto conosco e compreender que o SUS ainda está em construção, e que ainda teremos muitos desafios. Vocês são importantes em fazer essa reflexão, trazendo processos de inovação e a pensarem conosco. Sintam-se convidados a serem protagonistas nesse processo”.

Ainda pela manhã, os residentes assistiram a aula magna, com o tema “Desafios das residências em saúde para o Sistema Único de Saúde”, ministrada pelos convidados Daniel Soranz, professor e pesquisador da Fiocruz, e Ricardo Cecim, professor de Educação em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Estiveram presentes na solenidade a consultora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para o Espírito Santo, Vera Andrade; a assessora pedagógica do ICEPi, Roseli Ferreira; a subsecretária de Atenção à Saúde de Vitória, Regina Célia Diniz; a chefe do Núcleo Especial de Atenção Primária, Tânia Mara Ribeiro dos Santos; e diretores hospitalares da rede estadual.

Programa de Residências em Saúde

A Secretaria da Saúde (Sesa), por meio do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi), implantou neste ano oito Programas de Residência em Saúde, nas áreas médica e multiprofissionais, com o objetivo de formar profissionais de saúde especialistas, com visão humanista, reflexiva e crítica, qualificados para o exercício na especialidade escolhida. Foram ofertadas um total de 172 vagas.

Os Programas de Residência Médica são nas áreas de Acupuntura, Homeopatia, Medicina de Família e Comunidade e em Psiquiatria. E os Programas de Residência Multiprofissional nas áreas de Cuidados Paliativos, Saúde Mental, Saúde Coletiva, com ênfase em Vigilância em Saúde, e Saúde da Família.

Para as primeiras turmas dos programas, foram aprovados 130 alunos que iniciaram as atividades nesta quinta-feira (05), sendo 16 residentes para os Programas de Residência Médica em Acupuntura (03), Medicina de Família e Comunidade (07) e em Psiquiatria (06). O processo não teve adesão para Homeopatia. Foram aprovados também 114 residentes para os Programas de Residência Multiprofissional como Cuidados Paliativos (25), Saúde Mental (16), Saúde Coletiva, com ênfase em Vigilância em Saúde (31) e Saúde da Família (42).

Processo de formação na carreira

Durante a aula inaugural sobre os “Desafios das residências em saúde para o Sistema Único de Saúde”, o pesquisador da Fiocruz Daniel Soranz, ao abordar a temática da residência como estratégia de formação, fixação e qualificação, salientou que “certamente, a residência será o processo de formação mais rico da carreira”.

Diante da perspectiva apontada pelo pesquisador, a assistente social e residente do programa multiprofissional em Cuidados Paliativos, Gabriela Moreira, estava empolgada em iniciar uma nova fase. “Temos poucas oportunidades de qualificação para minha profissão e com a residência tenho a expectativa de não só aprender muito, mas também de atuar na prática”, falou.

Para a dentista Ana Carolina Alves, residente do programa multiprofissional em Saúde da Família, o pensamento também era compartilhado, o de poder aprender.

“Como recém-formada, acho que a residência é o ideal a se fazer. E a minha expectativa é de muito aprendizado, temos uma demanda e carga horária grande. A expectativa é das melhores”.

A médica Mayara Lemos, residente do programa de Medicina de Família e Comunidade também estava ansiosa para o início das atividades. “Quero colocar em prática o que vamos aprender. Poder trabalhar com a prevenção de saúde, ter contato com paciente”, afirmou. (Com informações da Assessoria de Comunicação da Sesa/ES)