SAÚDE

UTIN do Hospital Rio Doce segue fechada há três anos em Linhares (ES).

Apesar do problema, o hospital informou que, no final deste mês de junho, a UTIN vai ser reaberta.

Em 01/06/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) de Linhares, no Norte do Espírito Santo, fechada há quase três anos, tem levado pais a buscar assistência em outros municípios. Segundo a direção do Hospital Rio Doce, onde fica a unidade, um dos motivos do fechamento é a falta de pediatras no local.

Apesar do problema, o hospital informou que, no final deste mês de junho, a UTIN vai ser reaberta.

Filho de Rose Rui e de Jeferson Oliveira, Álvaro nasceu prematuro, de sete meses e precisou ficar numa UTIN, mas o casal, que é de Linhares, teve que ir para Colatina atrás de assistência.

“Como é numa cidade onde nós não residimos, tem a questão de ter que ficar num hotel; de três em três horas, eu precisaria estar no hospital para ordenhar, tirar meu leitinho para dar para ele. Então, já vou ter feito cesárea, estar com os pontos, aí entra no carro, sai do carro, vai para o hotel, vai para o hospital, tudo de três em três horas. É esse transtorno que gera certo desconforto”, falou Rose.

O problema também tem preocupado Gilmara Caliman, que está grávida da primeira filha, prevista para nascer em dois meses. “A gente tem a esperança de que não vá precisar de uma UTIN, mas, assim como amigos que precisaram, a gente fica com essa ansiedade. Já tem a preocupação de um parto, aí tem toda uma estrutura emocional, que, às vezes, a gente não tem, para sair da sua cidade e ir para outro local ter o neném”, disse.

Apesar de fechada, o problema da unidade não é de estrutura. A equipe da TV Gazeta entrou na unidade no início de maio e encontrou o espaço todo reformado. “Se uma criança não for prioridade num país, num estado ou num município, o que vai ser?”, destacou Jeferson.

Gilmara cobra atitude das autoridades. “Quem são os responsáveis? Porque ninguém quer pegar. De quem a gente cobra? Cada um vai passando para o outro, mas quem é o responsável?”, questionou.

(Foto: Reprodução/ TV Gazeta)