SAÚDE

Vasectomia não tem relação com câncer de próstata, aponta estudo.

A revista Journal of Clinical Oncology, é uma das revistas mais conceituadas da oncologia.

Em 25/05/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Muito se fala sobre a relação entre vasectomia e câncer de próstata, pois há quem acredite que homens que realizam o procedimento têm mais chances de desenvolver esse tipo de tumor. Porém, estudos vêm provando o contrário, a exemplo do inquérito recém-publicado pela Journal of Clinical Oncology, uma das revistas mais conceituadas da oncologia.

Segundo a publicação, não há risco aumentado para os vasectomizados. Foram 84.753 homens acompanhados por cerca de 15 anos, incluídos no "European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition" (EPIC), que tinham, em média, 53 anos, ao iniciar o estudo. No grupo havia 641 previamente submetidos à vasectomia e no decorrer do seguimento, 4.377 receberam o diagnóstico do tumor.

Entretanto, depois de ajustar os dados para fatores como peso corpóreo, fumo, consumo de álcool e atividade física, os autores concluíram que os vasectomizados não apresentaram risco aumentado.

De acordo com o especialista em uro-oncologia Sérgio Riguete, da Associação de Urologia do ES (AUES), a vasectomia é um procedimento seguro. "Para os homens que desejam não ter filhos, o método é permanente e eficaz. Faz-se um corte no canal deferente, impedindo a passagem do esperma na direção do líquido seminal", detalha.

Câncer de próstata

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estimam-se 61.200 casos novos de câncer de próstata para o Brasil até o fim de 2017. Esses valores correspondem a um risco estimado de 61,82 casos novos a cada 100 mil homens.

"Na maioria das vezes, o tumor só é letal se o paciente descobrir a doença em estágio avançado. Recomenda-se que, após os 50 anos, seja feito o exame de toque e o Antígeno Prostático Específico (PSA). É muito importante que oshomens façam a prevenção anualmente, para que as chances de tratamento e cura da doença de tornem maiores", conclui Riguete. 

Foto - Shutterstock